Altaneira: Intolerância e Intransigência Religiosa – A quem interessa maquiá-la?



A quem interessa maquiar a realidade religiosa no Município de Altaneira? Recentemente, um grande confronto e, ou, uma grande disputa por território e por fiéis foi travada entre as duas maiores detentoras de adeptos, a saber, Católicos e Protestantes, respectivamente.

Segundo informações populares, o conflito teria iniciado com a encenação da peça Paixão de Cristo que há muito anos não estava sendo encenada. Este ano, os moradores de Altaneira se mobilizaram e, durante algumas semanas realizaram ensaios para essa finalidade. O curioso é que o elenco abraça vários jovens, adolescentes e professores das duas religiões. Outro ponto a ser frisado é a participação e colaboração da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo.

Analisemos então esses dois pontos. O Primeiro demonstra entre os participantes o sentimento de harmonia, de tolerância e, principalmente de respeito a crenças distintas entre eles. Já o segundo, não deveria nem está sendo mencionado aqui. Afinal de contas, o evento extrapola os limites, os campos religiosos e desemboca no terreno cultural. Mais não é bem assim.

A encenação da Via Sacra, julgamento e a condenação de Cristo são elementos essenciais que demonstram, para os religiosos, atos de fé, concomitantemente, permitem que se perceba pelo cultural, rememorando os modos de relacionamentos, as vestimentas e principalmente as relações de poder na época.
Ainda assim, os dois pontos mencionados acima geraram um dos maiores debates que envolveu três instituições, duas religiosas e uma cultural (Católicos, Protestantes e a Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo).

De acordo com informações populares os participantes haviam solicitado o patamar da Igreja Católica para o momento da Crucificação, o que foi negado pelo Pároco sem justificativas convincentes. Mais tarde, também segundo informações populares, o pároco havia marcado um evento religioso no dia da encenação. Por que será?

Por que a Igreja Católica, através do seu líder, não está envolvida neste momento de revigoramento, de fortalecimento da fé cristã?

Por outro lado, por que os que estão dentro do gueto, ou seja, Católicos e protestantes resolveram calar diante desse caso?

Por que a Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo não se pronunciou sobre a problemática para a comunidade local?

Finaliza essa análise com mais uma indagação: Intolerância Religiosa, a quem interessa maquiá-la?

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