Alunos da Escola Santa Tereza trocaram experiência com mestrandos e doutorandos da UFC de Fortaleza



O trabalho com as heranças culturais de sua região permite que o aluno aprenda a resguardar a memória da comunidade e se sinta parte dela e para levar seus alunos a conhecer os espaços históricos do Município de Barbalha, na região do cariri, distante 75,2km de Altaneira, nesta quinta-feira (07),  a Professora de Sociologia Laelba Batista fez muito mais que um simples passeio com os estudantes do terceiro ano b pelos principais pontos do Município, mas conduziu junto a mestrandos e doutorando da Universidade Federal do Ceará – Fortaleza, o processo de conhecimento de conceitos como memória, museu, documentos e patrimônio cultural.

Assim sendo, todos exploraram as ruas a pé, observaram construções e conheceram personagens, a se destacar a figura do Cícero Romão Batista e suas diversas facetas, ora como personagem político, ora como religioso e, claro, como um dos homens que contribuiu também para a formação de uma organização social que fez tremer as estruturas das elites dominantes da época. Destaque ainda para Floro Bartolomeu e Marcos Franco Rabelo. Três nomes que precisam ser analisados para que se possa compreender a história da formação do Ceará e, específico do Município de Barbalha.

Nesse contexto foram apontadas as diferenças entre prédios comuns e tombados e mostraram ainda como os edifícios históricos estão relacionados à origem daquela comunidade, como por exemplo, a Igreja do Rosário que remonta do século XIX a sua construção entre escravos negros residentes em Barbalha e que posteriormente formariam a irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Foi visitado também o prédio da Secretaria de Cultura e Turismo, cuja sua estrutura preserva os elementos do passado e da contemporaneidade. Locais como a Igreja de São José, o operário, e a rua do vidéo também foram explorados sociologicamente e historicamente.
IGREJA DO ROSÁRIO
È importante frisar que o encontro foi promovido pelo NEAB – Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e o NBLAC – Núcleo Brasileiro Latino Americano e Caribenhos de Estudos e Relações Sociais.

Para Laelba Batista, da Escola Santa Tereza, “a experiência da escola altaneirense através dos alunos do terceiro ano b com outros estados (MG, BA e SP) é boa porque permite aos estudantes ter acesso ao modo de vida de uma época como forma de pensar os dias de hoje”. Serviu também “para que eles possam perceber o quão foi e é marcante a presença do negro na região do cariri”, completou a Professora.

Os alunos relataram que o passeio foi ótimo e que o aprendizado foi bastante significativo.

Toda via, é preciso ressaltar que a mentalidade dos gestores estaduais e principalmente municipais ainda está fragmentada. È preciso um olhar mais apurado para o fortalecimento da luta em favor da preservação do patrimônio histórico cultural, revigorando a memória.

Confesso, como historiador que, há um certo desprezo dos profissionais da área pelo estudo da história local o que acaba acarretando desconhecimento da comunidade da sua própria história.

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