O
governo federal cedeu e ofereceu nova proposta de reestruturação de carreira às
entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais.
Depois de mais uma rodada de negociação, para colocar fim à greve que já dura
69 dias, foram oferecidos reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os
docentes. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada.
Na
oferta da semana passada, o aumento variava entre 12% e 45%, já somados os 4%
aprovados em maio, pela Medida Provisória 568, que teve efeito retroativo a
março. A proposta não agradou os representantes da categoria, que alegaram que
o governo não contemplou a reestruturação da carreira para todos os níveis de
docentes.
A
nova proposta do governo foi aumentada em 7,7%. Com isso, a reestruturação de
carreira, apresentada nesta terça-feira (24) aos professores universitário,
terá impacto de R$ 4,2 bilhões no Orçamento Federal. O montante é R$ 300
milhões a mais que a oferta anterior, de R$ 3,9 bilhões. Os aumentos, que serão
escalonados durante os próximos três anos, começam a vigorar a partir de março
de 2013. Na proposta anterior, feita no último dia 13, o aumento iria vigorar a
partir de julho do próximo ano.
Para
o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio
Mendonça, a contraproposta mostra o recuo do governo em prol do fim da
paralisação e descarta novo aumento. “Em uma negociação sempre tem margem, mas
o governo já fez movimento de avanço ouvindo críticas e necessidades. Estamos
convictos que essa é proposta para fazer acordo”, assegurou.
Trabalhadores
Os
representantes das instituições federais de ensino continuam insatisfeitos com
a oferta do governo. Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes
do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não teve
avanço. “É a mesma essência da proposta anterior, ou seja, não reestrutura a
carreira”, reclamou.
A
nova proposta será levada às assembleias nos estados. O parecer da categoria
deve ser apresentado até a próxima semana. “Vamos levar a proposta às nossas
bases, realizar assembleias para que retornemos ao governo com um
posicionamento”, disse. Os representantes do Sindicato Nacional dos Servidores
Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) também não
concordaram com a nova oferta.
Já
para o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições
Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim, a proposta do governo atendeu aos
15 itens solicitados pela entidade. “O governo atendeu integralmente à nossa
pauta. É um avanço. Agora, vamos fazer análise e consultar os professores do
país inteiro”.
Com informações do Portal
Vermelho
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