A
história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar
entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos,
conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história
contemporânea. Começou a ser utilizada nos anos 1950, após a invenção do
gravador, nos Estados Unidos, na Europa e no México, e desde então difundiu-se
bastante. Ganhou também cada vez mais adeptos, ampliando-se o intercâmbio entre
os que a praticam: historiadores, antropólogos, cientistas políticos,
sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, psicólogos e outros.
No
Brasil, a metodologia foi introduzida na década de 1970, quando foi criado o
Programa de História Oral do CPDOC. A partir dos anos 1990, o movimento em
torno da história oral cresceu muito. Em 1994, foi criada a Associação
Brasileira de História Oral, que congrega membros de todas as regiões do país,
reúne-se periodicamente em encontros regionais e nacionais, e edita uma revista
e um boletim. Dois anos depois, em 1996, foi criada a Associação Internacional
de História Oral, que realiza congressos bianuais e também edita uma revista e
um boletim. No mundo inteiro é intensa a publicação de livros, revistas
especializadas e artigos sobre história oral. Há inúmeros programas e pesquisas
que utilizam os relatos pessoais sobre o passado para o estudo dos mais variados
temas.
As
entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do
passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro.
Caracterizam-se por serem produzidas a partir de um estímulo, pois o
pesquisador procura o entrevistado e lhe faz perguntas, geralmente depois de
consumado o fato ou a conjuntura que se quer investigar. Além disso, fazem
parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias
e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e
interpretam acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da
sociedade em geral. Isso torna o estudo da história mais concreto e próximo,
facilitando a apreensão do passado pelas gerações futuras e a compreensão das
experiências vividas por outros.
O
trabalho com a metodologia de história oral compreende todo um conjunto de
atividades anteriores e posteriores à gravação dos depoimentos. Exige, antes, a
pesquisa e o levantamento de dados para a preparação dos roteiros das
entrevistas. Quando a pesquisa é feita por uma instituição que visa a
constituir um acervo de depoimentos aberto ao público, é necessário cuidar da
duplicação das gravações, da conservação e do tratamento do material gravado. É
o que faz o Programa de História Oral do CPDOC.
Fonte: cpdoc.fgv
Muito informativo o seu post. Um ótimo domingo.
ResponderExcluirAbraço da Ruthia
http://bercodomundo.blogspot.pt/
Fico agradecido pela sua visita Ruthia.
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