Lançamento de Aécio Neves ao Planalto 2014: O cheiro da naftalina e o sopro progressista





AÉCIO NEVES (PSDB)


Com as imagens desgastadas do pior político do Brasil, José Serra, assim como do sociólogo que não fez jus a este nome (FHC) e, do presidente da sua agremiação (PSDB) Sergio Guerra, estes lançaram, a dois anos das disputas eleitorais o nome do tucano ao planalto Aécio Neves em 2014. O fato, nem de longe mostra planejamento, tão pouco preocupação com os rumos do pais, mas simplesmente se configura em uma tentativa de apagar as humilhantes e sucessivas derrotas do Serra (Pela redação do INFORMAÇÕES EM FOCO).

O lançamento burocrático do nome de Aécio à sucessão de Dilma Roussef, feito por ansiosos tucanos nesta 2ª feira, exala o odor da naftalina entranhada nas peças do vestuário preteridas no fundo do guarda-roupa.Quando finalmente ascendem à luz, já perderam a sintonia com o manequim e a estação.

Ungido no vácuo, Aécio ainda gaguejou assombrado: 'antes de candidatura, a legenda precisa de agenda'

Não sem razão. O credo do PSDB transformou-se num pé de chumbo histórico. Hoje ele pisoteia o que restou do Estado do Bem Estar Social europeu superpondo o arrocho ortodoxo ao colapso neoliberal. Apagar incêndio com gasolina

As labaredas de fogo atingiram a classe média europeia da qual o tucanato um dia considerou-se uma espécie de prefiguração tropical culta, rica, bela e cheirosa.

19 milhões de desempregados revestem a zona do euro das cores de uma tragédia histórica feita de despejos, suicídios, fome e pobreza, em escala de virulência desconhecidas desde a Segunda Guerra.

A candidatura Aécio é isso: o choque de gestão de Alckmin algemado ao descrédito planetário da bandeira dos mercados autorreguláveis. Queira ou não, sua candidatura vestirá o que lhe resta --a camisa conservadora impregnada da naftalina udenista.

O único plano de voo tucano é a aposta no acuamento político do PT e do governo Dilma.

Depende muito de como o outro lado reagir.

A inexistência de um contraponto estruturado de mídia progressista, por exemplo --sempre minimizado pelo governo Dilma-- amplifica o alcance dessa ressurgência udenista, cuja chance de volta ao poder pressupõe nada menos que a destruição do PT e o engessamento da sucessora de Lula.



Créditos: Carta Maior

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