JN “defende” a Petrobras. Gato escondido com rabo de fora




Quem assistiu ontem ao Jornal Nacional deve ter ficado surpreso.

Uma longa matéria, de quase três minutos, falava do absurdo que era a gasolina estar muito mais barata no Brasil do que no restante do mundo, exceção feita aos Estados Unidos.

E lamentando o fato de a Petrobras estar sofrendo por isso, perdendo os recursos para seus investimentos.

Teriam os irmãos Marinho se tornado defensores da Petrobras? Estariam convertidos ao “nacionalismo” retrógrado, ao estatismo e logo veremos William Bonner com uma camiseta escrito “O petróleo é nosso”?

Como é que as Organizações Globo dizem isso, se há pouco mais de um ano – e sem alteração significativa do preço da gasolina nas bombas – o jornal o Globo abria suas manchetes para dizer que o brasileiro pagava uma das gasolinas mais caras do mundo?

E agorinha, dia 30 de julho, publicava outra matéria, dizendo que o reajuste de nossa gasolina estava entre os maiores do mundo, usando dados que estavam obviamente distorcidos (dizendo, por exemplo, que o preço médio do litro, aqui, era de R$ 3,30)?

Tudo na Globo, embora pareça jornalismo, é política.

Até a escolha do economista que fala na matéria é feita a dedo. O jovem Marcelo Caparoz, da RC Consultoria, é empregado de Paulo Rabello de Castro, dono da empresa e militante do Instituto Millenium, uma instituição sustentada com doações abatidas no Imposto de Renda que se dedica a combater…os impostos federais.

A televisão se juntou ao seus comentaristas econômicos para defender o aumento dos preços da gasolina simplesmente porque aposta nisso para recriar o clima de terrorismo inflacionário que tentou empurrar sobre o povo brasileiro nos últimos meses e que deu chabu.

O preço da gasolina está, sim, defasado com a alta do dólar e, sobretudo, com dois outros fatores: o preço do etanol, que maximizou sua procura e os impostos estaduais, que têm níveis extorsivos.

Mas adivinhem em quem vai cair a “culpa” de um eventual reajuste…

Claro, na Petrobras e em Dilma Rousseff.

E dá uma mão política para a tucanagem repercutir a (mais uma) CPI da Petrobras, o que desejam para enfraquecer a empresa.

Muy, muy amiga da Petrobras, essa Globo é.


Via Tijolaço

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