Tasso
Jereissati, ontem, presidiu a filiação de dois médicos cearenses ao PSDB, um
deles a Dra. Mayra Pinheiro, uma das que vaiou e tentou humilhar seus colegas
cubanos aos gritos de “escravo”.
Boa
sorte à Dra. Mayra. É assim que se faz política, filiado aos partidos e
disputando eleições. Não vaiando e tentando humilhar pessoas, ainda mais gente
que não podia reagir. Que a senhora possa fazer, como candidata, aquilo que não
quer fazer como médica: ir à periferia, às favelas de Fortaleza, que são mais
de 500. E que ali aperte a mão das pessoas pobres, pergunte como elas vão, ouça
o que precisam para serem assistidas. Ouça elas dizerem que não têm um médico
no posto de saúde quando um de seus filhos passa mal, como esperam horas, dias,
meses, para que alguém de branco se digne a ouvir ou ver o que lhes aflige.
Quem sabe a senhora explique a eles que é preciso alta especialização para ver
as perebas que tomam conta da perna do menino, ou a tosse comprida que angustia
a senhora idosa? Talvez aí a senhora compreenda que eles precisam de um médico,
de um médico como a senhora e outros não querem ser, porque aquelas pessoas não
são bem…clientes, são apenas seres humanos. Pobres, miseráveis, escravos do
isolamento e da desatenção das elites. Pode ser uma grande experiência, Dra.
Mayra. Quem sabe assim a senhora possa ser gentil e atenciosa com um pobre, um
negro, um desvalido. Quem sabe até, finalmente, vá lhe dar um sorriso, trocar
algumas palavras. Quem sabe chegue mesmo a tocar nele. E sem luvas, imagine!
Via
Tijolaço
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