A
campanha conservadora movida pelos tucanos, a misturar religião e política,
trouxe à tona o lodo que estava guardado no fundo da represa. A lama surgiu na
forma de ódio e preconceito. Muita gente gosta de afirmar: no Brasil não há
ódio entre irmãos, há tolerância religiosa. Serra jogou isso fora. A turma que
o apoiava infestou a internet com calúnias. E, agora, passada a eleição, o
twitter e outras redes sociais são tomadas por manifestações odiosas.
E
nós devemos estar preparados, porque Serra fez dessas feras da direita a nova
militância tucana. Jogou no lixo a história de Montoro e Covas. Serra cavou a
trincheira na direita. E o Brasil agora colhe o resultado da campanha odiosa
feita por Serra.
Desde
domingo, muita gente já fez as contas e mostrou: Dilma ganharia de Serra com ou
sem os votos do Nordeste. Não dei destaque a isso porque acho que é – de certa
forma – uma rendição ao pensamento conservador. Em vez de dizer que Dilma ganhou
“mesmo sem o Nordeste”, deveríamos dizer: ganhou – também – por causa dos
nordestinos. E qual o problema?
E
deveríamos lembrar: Dilma ganhou também com o voto de quase 60% dos mineiros e
dos moradores do Estado do Rio.E ganhou com quase metade dos votos de paulistas
e gaúchos.
Parte
da imprensa – que, como Serra, não
aceita a derrota e tenta desqualificar a vitoriosa - insiste no mapinha ”Estados vermelhos no
Norte/Nordeste x Estados azuis no Sul/Sudeste”. O interessante é ver - aqui - a
votação por municípios, e não por
Estados: há imensas manchas vermelhas nesse Sul/Sudeste que alguns gostariam de
ver todo azulzinho.
No
Sul e no Sudeste há muita gente que diz: “não ao ódio”. Se essa turma de
mauricinhos idiotas quiser brincar de separatismo, vai ter que enfrentar não
apenas o bravo povo nordestino. Vai ter que enfrentar gente do Sul e Sudeste
que não aceita dividir o Brasil.
Serra
do bem tentou lançar o Brasil no abismo. Não conseguiu. Mas deu combustível
para esses idiotas. Caberá a nós enfrentá-los. Com a lei e a força dos
argumentos.
Via
Escrevinhador
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