Hitler, ideias, ideologia e a arte do convencimento


Você sem dúvida já deve ter se perguntado como Hitler mudou o mundo dos alemães. Como ele conseguiu injetar um ânimo em um aglomerado de pessoas assoladas pelas tragédias que, eram resquícios dos assombros da primeira guerra mundial. Deve ter se perguntado em algum momento, como ele fez de um povo totalmente humilhado a praticar a humilhação.

Hitler em discurso no início do Nazismo.
Convencer pessoas não é, nem longe uma tarefa fácil. E Hitler soube se utilizar disso como ninguém. Uma rápida passagem pelo conceito de ideologia e perceberemos que o vocábulo “Convencer” é essencial para entendê-la. Partindo dessa premissa, podemos afirmar que ideologia é um aglomerado de ideias que provoca adesão e convencimento e é determinada pelas relações de dominação entre as classes sociais. Mas há dois tipos de ideologias. A positiva e a negativa.

Sabendo que Hitler conseguiu ultrapassar as barreiras das ideias, pois trouxe para si milhares de alemães, grande parte deles jovens, através de discursos em palco, resta-nos agora, analisar as condições que contribuíram para a formação dessa ideologia negativa. Ele transformou as adversidades alemães para injetar uma "falsa consciência" e produzir uma crença mistificante. Esse “falsa consciência” foi rapidamente reproduzida e, aos poucos, a situação se tornou insustentável. Baseados em falsas ideias de uma raça superior, ariana, os alemães passaram, a partir das ordens do idealizador - a torturar, perseguir e matar, simplesmente quando sentisse vontade – os judeus, ciganos, prisioneiro de guerras, civis e homossexuais. Hitler convenceu, Hitler manipulou. Hitler alienou uma legião de alemães e ainda inspirou, com essa política nazista, o nascimento de outras nos mesmos moldes. Cita-se aqui, o Fascismo na Itália.

Para tanto, se utilizou de diversos meios e métodos. Como que tentado entender as angústias e os sofrimentos dos jovens, batia em cheio nessa “ferida”. Fazia e discursava afirmado que essa classe jovem poderia ter boas expectativas de vida e que tudo começa exatamente ali, naquele momento. O Nacionalismo, o patriotismo e o medo também são fortes instrumentos ideológicos e ele soube usá-los muito bem.  Era prática comum em seus discursos os elogios pomposos para os alemães ao afirmar que eles eram os melhores, que possuíam um sangue puro e que podiam transformar o mundo de ruínas em paz.

Para a ideologia negativa o que interessa é o fim e este justifica os meios, não importando a forma como eles serão empregados. O resultado dessa política foi à perseguição e o genocídio realizado em várias etapas. Por ele cerca de seis milhões de pessoas foi exterminadas. Entre elas, crianças e mulheres.

No fim, o que podemos afirmar é que Hitler foi, sem dúvida, um líder que implantou uma ideologia e mudou o destino dos alemães a partir da desgraça de outros povos, outras nações. A Alemanha não se libertou das ruinas, foi libertada. E um povo que não consegue a liberdade, mas alguém lhe dá, fará com o outro o que lhe fizeram. Os alemães saíram da condição de oprimidos e viraram opressores.

Acompanhe o discurso que Adolf Hitler fez para cerca de 200 mil jovens


                        

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