Educadora,
jornalista, escritora e primeira mulher eleita à Assembleia Legislativa de seu
Estado, Antonieta de Barros nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis,
Santa Catarina.
Normalista
formada em 1921, fundou no ano seguinte o Curso "Antonieta de Barros", com o objetivo de combater o
analfabetismo, "impedindo de gente
ser gente", como dizia. Dirigiu este instituto até o final de sua
vida. Essa iniciativa foi um marco em sua carreira profissional e abriu-lhe
novos horizontes: foi nomeada para a Escola Complementar anexa ao Grupo Escolar
Lauro Muller, efetivada na cadeira de Português na Escola Normal Catarinense e
professora de Português e Psicologia no Colégio Dias Velho,de onde, entre 1937
e 1945, foi diretora.
Antonieta
foi uma educadora e uma jornalista atuante e teve que romper muitas barreiras
para conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres – e
mais ainda para uma mulher negra.
Enveredou
pela literatura e jornalismo sob o pseudônima de Maria da Ilha, fundou e
dirigiu o jornal A Semana (1922/27),
foi diretora da revista quinzenal Vida Ilhoa (1930), escreveu artigos para
jornais O Estado, Republica e o livro Farrapos de Ideias (1937). Em 1931
começou a militar na política, sendo eleita deputada a Assembleia Estadual
Constituinte, em 1935, pelo Partido Liberal Catarinense. No Congresso coube-lhe
relatar o Capitulo de "Educação e
Cultura" e "Funcionalismo".
Em 1947, candidatou-se pelo Partido Social Democrático; suplente, foi convocada
para a 1ª legislativa (1947/51). Faleceu em Florianópolis a 28 de março de
1952.
Tornou-se,
desse modo, a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil,
trabalhando em defesa dos diretos da mulher catarinense.
Apresentar a história e dar visibilidade as mulheres negras é fundamental para as gerações conhecerem e valorizarem nossas personalidades negras negadas pela história oficial.
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