Carta para Marina Poema, Marina Má


Marina,

sei que fui rude , disse coisas no calor da emoção, te acusei de não ter personalidade própria e peguei pesado.

Justo com você, tão magrinha, tão frágil, delicada, com aquela voz que vai sumindo antes do fim da frase, que meio que irrita, que meio que vai dando uma angústia, que meio que desaparece no vento…

Sei que antes, antigamente, no século passado da última semana, eu não queria te ver nem pintada de verde.

Só que o mundo da voltas. Pelo menos duas. E nesta segunda volta, eu te quero do meu lado.

Fica comigo, Marina.

Que besta que eu era.

Aonde eu tava com a cabeça quando disse aquelas besteiras sobre você? Qual o problema de ter uma amiga banqueira? Nenhum! (Aliás, me apresenta…) Se suas convicções religiosas são ultrapassadas? Jamais! Quem disse? Se for alguém que trabalha comigo, demito amanhã.

Como diria minha vó, religião, futebol, casamento gay e independência do Banco Central são assuntos que a gente não deve discutir. Pra quê? Bobeira, né…

Eu mudei, Marina. Acredite em mim! Sabe aquelas discordâncias todas, aquelas diferenças que eu insistia em jogar na sua cara? Lembra? Hahaha! Não existem mais. Me aproximei muito das suas ideias e ideais desde domingo a noite. Sei lá, me deu um estalo, caiu a ficha, amadureci, me apaixonei.

Vamos fazer uma aliança. Vamos dançar uma dança Pataxó. Sobe no meu palanque, me dá a sua mão, vamos caminhar juntos, lado a lado, até o ponto mais alto do palácio. Na esplanada, o pôr-do-sol é lindo, Marina.

A partir de agora, eu estou 100% fechado com você. Se eu quero algo em troca? Nada. Não acredito em relações que começam a assim. Não sou pelo tomá lá da cá. Agora, se de coração aberto, você vier com 15, 10% da sua força, já me dou por satisfeito, já vai ser um privilégio.

Eu sei, eu sei, você precisa me conhecer melhor. Posso te mandar o meu programa? Eu tenho um - e foi impresso com papel reciclado, viu. Sempre fui uma pessoa sustentável, ecologicamente correta e tenho sangue índio correndo nestas veias europeias.
Má…

Posso te chamar de Má, não é?

O que passou é passado. Disse o que disse da boca pra fora. Foi influência do pessoal do marketing, do pessoal que só pensa em ganhar, ganhar e ganhar. Cansei disso, Má. Só quero sua amizade, ouvir seus conselhos e te dar um ministério importante e vistoso.

Acho até que os meus ataques contra você tinham um fundo psicológico. É que você me lembra muito uma professorinha que eu tive no primário, uma que sofreu pra me ensinar matemática e me colocava de castigo dia sim, dia não. Eu olhava pra você e voltava, imediatamente, para os meus dias de criança. Coisa louca, né…

Vou te contar um segredo: meus amigos te adoram. E eu, eu, me desculpe a ousadia, mas eu te amo! Sempre te amei!

Preciso do seu apoio, do seu carinho, da sua Rede Sustentabilidade balançando na minha varanda.

Sem essa de ficar neutra. Neutralidade é para os fracos. E você, Marina, Marina Morena, Marina Poema, Marina Maravilha, Marina Razão da Minha Vida, Marina Simplesmente Silva, você é uma força da natureza.

A gente não tem muito o que pensar. Outubro passa voando. Diz que está do meu lado, diz agora, diz que aceita o meu pedido de desculpas, diz que gosta de mim, pede para os que gostam de você, gostarem de mim também. Diz agora, diz agora pra não se arrepender por quatro anos.

Má, nem pense em olhar para o outro lado.

Te peço de joelhos.

A outra turma só quer o seu corpo. O povo de lá não liga no dia seguinte. Não sabem nada do amor. Mais amor, por favor!

Marina, você é o meu número. E o meu número você sabe qual é, não é?

Via Yahoo.com.blog

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