Situação dos transportes dos universitários altaneirenses continua indefinida


O auditório da fundação e associação ARCA foi palco na noite deste sábado, 17, de um encontro envolvendo a classe universitária do município de Altaneira visando apresentar, discutir e propor soluções para a situação problemática que os mesmos vêm enfrentando no que concerne aos transportes.

Universitários reunidos no auditório da ARCA visando
encontrar soluções para a problemática dos transportes.
Foto: João Alves.
Durante todo o ano de 2014 a classe universitária teve dificuldades em se direcionar até as sedes das faculdades/universidades/institutos federais de educação tendo como polos os municípios de Crato e Juazeiro do Norte, na região metropolitana do cariri. O principal problema adivinha de ordem mecânica, o que se agravava em face desses mesmos veículos serem os que transportam os alunos da zona rural desta municipalidade que cursam o ensino fundamental.

Note-se que em virtude da emenda nº 011/2011, de 23 de março, o Art. 189 da Lei Orgânica Municipal – LOM ganhou nova redação. Por esta o município fica obrigado a se comprometer com gratuidade dos transportes para os alunos do ensino superior, que assim apregoa “fica o município obrigado a assegurar ou custear transporte gratuito aos estudantes regularmente matriculados em instituições de nível superior localizadas na Região metropolitana do Cariri”. Deste então o município vem cumprindo, ressalvadas algumas restrições, com a lei municipal que não entra em contradição com as Constituições Estadual e Federal que não discorre sobre essa possibilidade da esfera municipal ser responsável direto pelo ensino superior, mas também não veda.

Robson, Fernando e Geniara durante reunião dos universitários
no auditório da ARCA. 
O presidente recém-eleito da Associação Universitária de Altaneira – AUNA, Fernando Teles, apresentou um balanço do encontro que teve com a administração. Segundo ele, o prefeito Delvamberto Soares arguiu que os transportes não mais estarão a serviço da classe e que em contrapartida tinha o desejo de retomar o programa “Bolsa Universitária” no valor equivalente a R$ 200,00. “O problema”, disse o Fernando, “é que esse programa não atinge a todos. Apenas alguns. Aqueles de baixa renda”. O presidente informou que diante do cenário seria interessante lançar uma contraposta que esteja mais condizente com as condições financeiras dos mesmos. Depois de um levantamento dos prováveis gastos com 04 (quatro) veículos, um pela manhã e três à noite, o que chegaria a um teto de aproximado de R$ 14.600,00 (quatorze mil e seiscentos reais) feito por Geniara Sales, Fernando disse que iria levar a proposta para que a administração repasse para a AUNA um valor de R$ 9.000.00 (nove mil reais) e o restante seria dividido mensalmente entre os estudantes.

Para o vice-presidente Claudio Gonçalves, a medida adotada infringe o que diz o Art. 189 da Lei Orgânica e sugeriu que fosse colocada em votação além da proposta supracitada mais duas. Uma que agregue tanto a Bolsa Universitária que já está em orçamento e o repasse. A outra seria que o executivo custei de forma integral.

Também foi sugerido que a direção leve com proposta um valor a ser repassado pela a administração superior aos R$ 9.000,00, uma vez que levando em consideração o número de estudantes, algo entorno de 103 (cento e três), o valor individual a ser pago mensalmente fica próximo de R$ 142,00 (cento e quarenta e dois reais). O que é totalmente conflitante em relação a situação financeira destes.

Segundo Fernando, haverá um novo encontro com a administração e irá repassar o que foi decidido em assembleia. A reunião não contou com a presença do executivo municipal, nem tão pouco foi registro vereadores e vereadoras no local.






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