O
Ministério da Educação publicou um edital de licitação na semana passada para
fornecer serviços de lanches, 24 horas por dia, sete dias por semana, para os
voos que o ministro Mendonça Filho faz nos jatinhos da Força Aérea Brasileira
(FAB). O governo pretende gastar R$ 198 mil por ano nesses recursos.
Publicando
originalmente na Revista Fórum
Como
se não bastassem os valores, o documento do Ministério da Educação ainda foi
publicado com diversos erros básicos de português, como por exemplo, quando se
escreveu “viajem” ao invés de “viagem”. A justificativa utilizada pelo MEC para
o edital é que é preciso aumentar o “conforto” de Mendonça Filho nos voos. As
informações foram divulgadas pela revista Época.
“Esta contratação tem como objetivo
possibilitar ao MEC viagens aéreas mais confortáveis e com recursos próprios
quando da utilização em aeronaves, prover também alimentação e serviços de
bordo às aeronaves que atendem ao Senhor Ministro da Educação”.
Para
chegar aos R$ 198 mil, o ministério usou como base 198 viagens com dez pessoas,
com o custo estimado de R$ 100 reais por pessoa. Eles escreveram um termo de
referência que prevê bandejas de frutas a R$ 19 e refeições completas a R$ 54,
que incluem saladas (o MEC sugere caprese ou de macarrão), prato principal
(carne, frango ou até frutos do mar) e sobremesas (pudim, mousse e tortas). Há
ainda itens específicos que eles sugerem, como iogurte de ameixa e água tônica.
Todos
servidores públicos recebem “diárias” quando viajam, em que estão incluídos
valores para alimentação. O valor para ministros pode chegar a R$580. Mendonça
Filho acumulou R$ 10 mil em diárias desde junho. Ele fez 28 viagens desde maio,
dessas 11 foram para Recife, cidade onde mora.
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Mendonça
Filho disse que não sabia do edital e que determinou o cancelamento.
“O pedido para alimentação durante os voos da
FAB tramitava no Ministério da Educação desde 2014 na área administrativa, que
deu continuidade ao processo sem o conhecimento do ministro Mendonça Filho.
Após ser informado do ocorrido, o ministro determinou o cancelamento imediato
do processo”, informou sua assessoria. Apesar de afirmar que as tratativas
ocorriam desde 2014, todas as viagens citadas no edital para justificar a
contratação foram feitas no período em que Mendonça Filho era o ministro.
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