Movimento Negro e Parlamentares denunciam Bolsonaro na PGR por declaração racista



Duas representações foram protocoladas hoje (6) na Procuradoria-Geral da República contra o deputado federal Jair Bolsonaro, que afirmou, em uma palestra, que quilombolas não servem “nem para procriar”. Segundo o pré-candidato à presidência da República, se for eleito em 2018, ele fechará as reservas indígenas e quilombolas existentes no país.

Revista Fórum - Ao todo, onze parlamentares pediram a abertura de uma investigação pela “prática de racismo e violação da dignidade indígena e quilombola. O grupo foi liderado pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), primeira mulher negra a governar um estado brasileiro, o Rio de Janeiro.

Além dela, integram a iniciativa os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Maria do Rosário (PT-RS), Paulão (PT-AL), Paulo Rocha (PT-PA), Vicentinho (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) e os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Gleisi Hoffmann (PR).

O documento pede que a PGR avalie a possibilidade de propor uma ação de reparação por danos coletivos. A outra ação foi apresentada pela Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).

Em entrevista exclusiva à Fórum, Benedita mostrou indignação diante da atitude de Bolsonaro. “Ele é racista, machista, homofóbico e aqui na Câmara dos Deputados tem se colocado na posição mais reacionária que eu jamais vi em toda a minha vida, nem nos tempos mais duros deste país”, disse. “Ele nos tratou como animais selvagens (…) É o discurso da Casa Grande. Ele quer a escravidão de volta?”, questionou.

Foto: Reprodução/Facebook.

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