O que ninguém fala sobre a Princesa Isabel


Ela não concedeu a alforria a um escravo tuberculoso, chamava os seus serviçais de pretos e debochava dos abolicionistas mais combativos – assim era a “Redentora”, hoje candidata à canonização.

Ensina-se nos livros escolares que a princesa Isabel (1846-1921) foi uma heroína nacional, a redentora que sancionou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, libertando os negros da escravidão. No momento em que até se cogita a sua canonização, o livro “O Castelo de Papel” (Rocco), da historiadora Mary Del Priore, desfaz essa imagem de santa progressista. Com base em documentos inéditos dos arquivos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e do Museu Imperial, em Petrópolis, Mary sacramenta o que outros estudiosos suspeitavam: a herdeira do trono não defendia as causas sociais nem se indignava contra os açoites recebidos pelos escravos. Era apenas isso: uma mulher mais preocupada com a família e a sustentação da realeza.

Toda época tem limites no que diz respeito aos avanços políticos, mas a omissão da princesa era flagrante. Em 1881, ou seja, quase uma década antes da abolição, Isabel fingiu não ouvir os lamentos das senzalas ou mesmo as vozes exaltadas dos púlpitos republicanos. Recém-chegada de uma viagem à Europa em companhia de seu marido, o conde D’Eu, ela evitou o clamor que já dominava as ruas do Rio de Janeiro e se refugiou na residência imperial na região serrana, em Petrópolis. As cobranças, no entanto, eram feitas até por aqueles de quem menos se esperava, caso de sua aia, Luisa de Barros Portugal, a condessa de Barral, que cuidou de sua educação na juventude. A princesa respondeu assim às reprimendas da velha senhora, com quem mantinha correspondência: “Que demônio pode ter-lhe contado tantas coisas, querida? São os horríveis artigos de José do Patrocínio? Se você não pode ignorá-los, mostre que eles lhe são desagradáveis.” O deboche era endereçado ao combativo abolicionista.

A suposta generosidade da monarca não se comprovava na prática. Sempre cercada de mucamas, o tratamento que dirigia aos descendentes de uma raça pela qual ela teria lutado para emancipar não era nada lisonjeiro. Já aos 18 anos, assim listou os seus escravos: “Marta, negrinha de quarto, Ana de Souza, sua mãe, Francisco Cordeiro, preto do quarto, Maria d’Áustria, mulher dele, Minervina, lavadeira, Conceição, Florinda e Maria d’Aleluia, engomadeiras. José Luiz, preto músico, Antonio Sant’Ana, preto que me serviu algum tempo.” Isabel era indiferente aos sofrimentos dos serviçais. Mary traz à luz o caso de um escravo de sua residência, que, já velho e tuberculoso, teve de recorrer ao imperador dom Pedro II, pai da governante, para conseguir a alforria.

Embora se colocasse como liberal, ela se mostrou irritada com a decisão da Câmara dos Deputados que aprovara a Lei do Ventre Livre, promulgada contra a sua vontade em 1871, dando liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. As discussões na Câmara foram muito acaloradas e os conservadores usaram de vários meios para impedir a aprovação da nova lei. Mais preocupada em evitar a animosidade dos donos de terra que davam sustentação à Coroa, Isabel qualificou a votação de precipitada. Escreveu ao pai: “O espírito dos fazendeiros anda agitado.” Somente quando a situação se tornou insustentável ela tomou da pena e oficializou a sua adesão ao abolicionismo. A essa altura, o movimento já tinha conquistado grande parte da opinião pública e a rebelião tinha se espalhado pelas senzalas.

Mary mostra que Isabel não tinha vocação para o reinado ou uma clara preocupação pelos rumos políticos do País. Já no início dos estudos, demonstrava pouco interesse por temas nacionais. Aos 25 anos, assumiu pela primeira vez o trono como regente e depois confessou ao pai: “Quando entrei na sala, fiquei abismada, cinco enormes pastas recheadas, algumas de uma maneira monstruosa, estavam-me esperando.” Uma indisposição que vinha de longa data. “Na documentação, percebe-se que os sentimentos do seu marido pelo Brasil são muito mais visíveis e palpáveis do que os de Isabel”, disse a historiadora. “Em sua correspondência, a palavra política aparece sempre como sinônimo de coisa entediante. É vista como desconhecida e cansativa.” (As informações são de Michel Alecrim, ItstoÉ e, publicado no Pragmatismo Político).


Foto: Reprodução/ Pragmatismo Político.

Professor altaneirense entra para a equipe do Nova Escola


O site Nova Escola publicou nesta quinta-feira, 28, a lista dos professores, mentores e especialistas, dentre os mais de 13 mil inscritos em processo seletivo, que farão parte de sua nova equipe de autores. 

Os (as) selecionados (as) irão produzir 1.500 planos de aula de Matemática para turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Ao todo, serão 150 professores (as), 30 mentores (as) e 5 especialistas que produzirão os planos entre novembro deste ano e fevereiro de 2018. Ainda segundo o Nova Escola, há profissionais de todas as regiões do Brasil. Toda essa turma se reunirá num grande encontro de formação, entre 2 e 5 de novembro, para dar discutir sobre a metodologia que será adotada na produção e sobre a Base Nacional Comum Curricular.

O projeto Planos de Aula NOVA ESCOLA é resultado de uma parceria entre a Associação Nova Escola, que publica a NOVA ESCOLA, a Fundação Lemann, mantenedora da Associação, e o Google.org, braço filantrópico do Google. Os planos de aula de Matemática estarão disponíveis gratuitamente para todos os professores do país a partir de janeiro do ano que vem. Os materiais de Língua Portuguesa, Ciências, História, Geografia, Inglês e Educação Infantil serão produzidos e disponibilizados ao longo de 2018.

Na nova equipe está o altaneirense Reginaldo de Sousa Venâncio, professor e diretor da Escola de Ensino Fundamental Joaquim Soares da Silva, no Bairro Zé Rael. Ele integrará o grupo na função de Mentor. Em seu perfil no facebook, o professor comentou acerca da felicidade em fazer parte de um “um grupo tão seleto de educadores pensantes desse país” e de estar representando o município de Altaneira.

Estou muito feliz, agradeço eternamente aos meus familiares que sempre me apoiam nas minhas decisões. É muito gratificante ser partícipe de um grupo tão seleto de educadores pensantes desse país. Além disso, estarei representando minha querida cidade e todos os educadores cearenses. Sei que serão momentos de intensas aprendizagens que subsidiará muito para minha formação”, escreveu.


Professor Reginaldo Venâncio. Foto: Reprodução/ Facebook.

O Congresso, o Brasil e dois generais


Quem tinha esperança pode ir tirando o cavalinho da chuva. Embora a pesquisa CNI-Ibope tenha mostrado Temer no fundo do poço, com apenas 3% de aprovação, está tudo pronto na Câmara para a rejeição da denúncia que o acusa de organização criminosa e obstrução da Justiça. Com o relator escolhido, José Bonifácio de Andrada, aecista e governista empedernido, embora jurista lustrado, desta vez o governo nem terá o trabalho de aprovar um substitutivo na Comissão de Constituição e Justiça, como na tramitação da primeira denúncia. Ele dará um parecer pela rejeição, que será aprovado pela Comissão e referendado pela maioria do plenário. Tudo na base do jogo rápido. O governo está “zerando todas as pendências” com os deputados, como diria Joesley Batista. Quem tem razão é o general Leal Pujol: os deputados e senadores só ouvirão o Brasil quando (e se) os 77% que rejeitam Temer forem para a rua.

- Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua se manifestar, mostrar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o país, não é isso -, disse o comandante militar do Sul em Porto Alegre.

Pujol, ao que parece, não é da mesma corrente do general Mourão, o que defende a intervenção militar se os poderes constituídos não resolverem a crise. Se depender do Congresso, não haverá solução e sim aumento da irritação com os políticos. O Congresso tornou-se um mundo apartado do Brasil real, do Brasil dos brasileiros. São mundos incomunicantes. O Senado se encaminha para peitar o STF e desautorizar o afastamento e o recolhimento noturno do senador Aécio Neves. A Câmara vai novamente garantir a permanência de Temer no cargo, e a sobrevivência de seu governo pautado pela corrupção e a pilhagem até janeiro de 2019. Pois com ele também escapam da acusação de formação de organização criminosa os ministros Moreira e Padilha. Outros membros da organização já estão presos ou já viraram réus: Henrique Alves, Geddel, Eduardo Cunha e Rodrigo Loures.

A expressão que mais ouvi na Câmara esta semana foi a de que a votação da denúncia já está “precificada”. Ou seja, tudo já foi negociado na votação da primeira, embora o governo não tenha resgatado as promissórias. Agora, vai “zerar as pendências” e ganhar de novo. O PSDB, que rachou literalmente ao meio em agosto, agora dará mais votos a Temer do que da primeira vez. Então, não dá para ter ilusões. Dou razão novamente ao general Pujol.

- Se os nossos representantes não estão correspondendo às nossas expectativas, vamos mudar. Há uma insatisfação geral da Nação, eu também não estou satisfeito – disse ele  ressalvando que, pessoalmente,  como militar, não pode ir para a rua. Os que podem, entretanto, seguem apenas reclamando, ou  com seus botões ou nas conversas privadas.  

É ilusória também a expectativa de que, se chegarmos sãos e salvos às eleições de 2018, tudo pode mudar num acerto de contas do eleitorado. Fica claro a cada dia que dificilmente Lula poderá ser candidato. Plano B a esquerda não tem. Haverá um candidatos da direita, alguém que ainda será inventado. Não Doria, não Bolsonoro, que são óbvios demais, despreparados demais para dar conta da agenda que o alto da pirâmide já nos impõe mas quer levar bem mais adiante. A do desmonte do Estado, da entrega das riquezas, da abdicação da soberania, da radicalização da pobreza e da desigualdade, transformando o país numa grande pastagem para o capital predador.


No ponto em que chegamos, no lugar das palavras de um líder, de um condutor em tempo de crise, temos as exortações de dois generais. Ou vamos para a rua, como sugeriu Pujol, ou vamos esperar que se cumpra o desiderato de Mourão, com um golpe militar que varrerá o sistema político, levando junto o que nos resta de democracia. (As informações são de Tereza Cruvinel, colunista do 247).

Reprodução/ 247.

“Trevas”. Juristas comentam decisão do STF em autorizar o ensino público religioso



Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF), considerou constitucional o ensino público religioso confessional, ou seja, ligado a uma crença específica. Ministros rejeitaram a ação da Procuradoria Geral da República para que as aulas fossem genéricas e abordassem aspectos históricos e sociais das religiões. A partir do julgamento, a matéria confessional pode ser oferecida pelas escolas públicas de forma facultativa.

Votaram pela manutenção do ensino confessional os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, que desempatou o caso.

Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio, Celso de Mello votaram contra.

Apesar do placar apertado, a decisão causou espanto na comunidade jurídica. Para quem não entendeu a dimensão do que foi julgado, vale destacar que a corte autorizou que escolas públicas de todo o país instituam para seus alunos e alunas ensino religioso confessional – isto é, com crença religiosa. Logo, um ensino confessional teria oração, costumes e tudo o que está ligada à determinada religião. No Brasil, de imensa maioria cristã, é possível imaginar quais religiões serão professadas.

O Justificando conversou com diversos pensadores do Direito e de outras áreas do conhecimento, que rebateram a decisão sob o argumento da violação ao estado laico, das evidentes prioridades reacionárias da corte, e do “ingenuidade” da corte ao estabelecer a ideia de que o ensino será pluralista. As declarações sobre a decisão podem ser lidas abaixo:

Eloísa Machado, Doutora em Direito Constitucional e Coordenadora do curso de Direito da FGV-SP

A decisão do STF é um grande retrocesso. Toda uma pauta liberal e progressista que vem sofrendo investidas conservadoras no legislativo e no executivo e que ainda aguarda posição do STF fica em suspenso: de código florestal a direito mudança de registro civil das trans.

Assumir a confessionalidade do ensino, além afetar profundamente a lógica do que deve ser a educação pública, laica e inclusiva, abre espaço para uma infinidade de outros problemas. É inadmissível, por exemplo, que os escassos recursos públicos sustentem a doutrinação religiosa nas escolas. Mas o STF não se pronunciou sobre isso”.

Joice Berth, Feminista negra:

Trevas. Essa decisão é mais uma assunção de racismo por parte do nosso sistema judiciário, pois sabemos que não será ensino religioso de maneira abrangente e democrática, será sim um esquema de doutrinação neopentecostal, uma imposição de pensamento evangélico, já que essa é uma bancada que só cresce dentro de todas as estruturas políticas. Lamentável e que os pais estejam atentos a essa agressão fascista a laicidade do estado brasileiro”.

Luis Felipe Miguel, Professor de ciência política na UnB:

O ensino religioso no Estado laico é uma excrescência. Se as famílias e as igrejas querem dar educação doutrinal às suas crianças, que o façam em seus próprios espaços. Ao interpretar a regra constitucional como sendo a necessidade de inculcação da “religiosidade”, o Supremo rasga a ideia da neutralidade estatal em relação aos diversos sistemas de crença”.

Márcio Sotelo Felippe, Procurador do Estado de São Paulo:

Não temos mais constituição. O STF julga ao sabor de injunções políticas ou para agradar setores da opinião pública. São tempos sombrios, uma reação termidoriana que enterra séculos de conquistas iluministas, de avanços no processo civilizatório. Este é um estado de exceção com sabor de fascismo. A inteligência está morta no Brasil

Renan Quinalha, Doutor em Direito e Professor na Universidade Federal de São Paulo:

A decisão do STF faz com que o Estado laico promova, nas escolas públicas, o ensino religioso confessional. Isso é um absurdo, pois se está permitindo que religiões se apropriem do espaço público da escola para propagar sua própria fé. Considerando o contexto atual, isso se torna ainda mais grave. Os discursos de “escola sem partido” e “combate à ideologia de gênero” poderão agora contar com o reforço do ensino religioso confessional nas escolas, minando o que restava de laicidade do Estado no sistema de ensino”.

Alexandre Melo Franco Bahia, Professor Doutor de Direito Constitucional na Universidade Federal de Ouro Preto:

A decisão do STF afirmando que o Estado Brasileiro deve custear um Ensino Religioso “Confessional Pluralista” ofende a tantas ordens diferentes do Direito que fica difícil definir por onde começar.

Como um Estado Laico pode atuar de forma Confessional? Em que mundo isso faz sentido? Ainda que a maioria queira dizer que esse ensino deve ser “pluralista”, ou eles são muito “inocentes” – e não sabem do que é o ensino religioso na maioria das escolas públicas do país, ou estão assumindo estarem prontos para receberem centenas de pedidos de Reclamação contra – o que acontece todos os dias e agora só vai piorar – o proselitismo fundamentalista e, claro, nada plural, que é feito em escolas públicas todos os dias”. (Com informações do Justificando).


Em sessão solene, agricultores (as) familiares de Altaneira são homenageados (as) e recebem Sipaf


O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Altaneira, Ceza Cristóvão, solicitou da mesa diretora da Câmara Municipal espaço para a realização de homenagens aos agricultores e agricultoras familiares em face da passagem do Dia Municipal da Agricultura Familiar a ser comemorado no próximo dia 30/09, por força de lei.

Agricultores (as) familiares de Altaneira recebem Sipaf durante sessão solene. Foto: Júnior Carvalho.

Segundo o Secretário, a antecipação para o dia 27 se deu em virtude de que a próxima sessão se daria só em outubro, o que faria que a realização da solenidade se desse fora do mês. Com um auditório lotado, Ceza, visivelmente emocionado, arguiu acerca da importância desse setor no município e que, diante de um cenário de retirada de direitos que vem se dando nos últimos meses, estar a frente da pasta apresentando resultado de ações relevantes que fortalecem e valorizam a agricultura familiar em Altaneira era gratificante. Não isentou o presidente Temer dos cortes de recursos, principalmente em programas agrícolas, mas frisou que o problema do país não é só ele (Temer). “Queria dizer Fora Temer, mas não vou dizer. Será que o problema do Brasil é só o Temer….”, e foi taxativo ao ressaltar que se tratava de um reflexão.

No bojo da apresentação, Ceza fez uma síntese da Lei Nº 521, de 20 de setembro de 2011 que fundamentou o momento e concluiu afirmando que mesmo diante dos problemas enfrentados pela agricultura familiar, como por exemplo - a expansão desenfreada do agronegócio - o setor vem ganhando incentivos, sendo, pois, responsável por quase 70% dos alimentos consumidos no país. E disse que se sentia feliz por ter recebido mais uma oportunidade da gestão para ficar a frente de secretaria e muito mais por proporcionar a entrega de certificados a 22 (vinte e dois) agricultores (as) que lhes permitirão ampliar seus poderes de comercialização intermunicipal e interestadual, ao passo que agradeceu as parcerias firmadas com a secretaria e o corpo de funcionários (as) desta.

O vice-prefeito, Charles Leite, defendeu que os investimentos no setor não podem e nem devem parar e chamou endossou as palavras do secretário ao arguir que a agricultura é a principal atividade econômica do município, ao passo que parabenizou os agricultores e agricultoras presentes.

Representando a classe de agricultores, João Bel, da Horta Dois Irmãos, fez uso da tribuna. João afirmou que era uma alegria estar participando do momento e foi elucidativo ao argumentar que para ele “não era uma obrigação ser agricultor, mas uma satisfação”.

Os servidores Flávio e Rafael fizeram uma explanação dos principais projetos, ações e conselhos da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Seagri) e em parceria com outros setores, como a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), o Guia de Transito Animal (GTA), o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Sistema de Inspeção Municipal (SIM), o Hora de Plantar, Garantia Safra, o Conselho Municipal do Meio Ambiente (Condema), dentre outro.

Ao voltar com a palavra, o secretário Ceza convidou os (as) homenageados (as) para receberam o certificado alusivo ao Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf).

No uso da palavra, vereadores (as) se revezaram nos elogios a administração municipal e a secretaria, em particular, pela dedicação a um setor tão importante no município, ao passo que parabenizaram a equipe de trabalho da pasta e os (as) protagonistas da noite.

Plenário da Câmara de Altaneira lotado em sessão solene que homenageou agricultores (as) familiares. Foto: João Alves.

A sessão foi prestigiada também por vários (as) servidores (as), familiares dos (as) homenageados (as), o vice-prefeito, Charles Leite, os secretários de Governo, de Administração e Finanças, e de Cultura, Desporto e Turismo, Deza Soares, Humberto Batista e Antonio de Kaci, respectivamente, o procurador municipal, Milton Ferreira, o ex-prefeito João Ivan, o ex-vereador e ex-presidente da câmara, Raimundo Soares, Iran Amorin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Altaneira (STRA), a represente da Associação Raízes Culturais de Altaneira, Lúcia de Luena, o vice-presidente da Associação Beneficente de Altaneira (ABA), Nicolau Neto e, Osvaldo David, representante da Adagri.

A Lei que institui 30 de setembro como o dia Municipal da Agricultura Familiar foi sancionada em 20 de setembro de 2011 pelo então prefeito Raimundo Rodrigues da Mota e é fruto do projeto do vereador na época, Deza Soares. (As informações são do Portal Oficial do Município).

STF coloca Aécio de castigo e o Senado ameaça tira-lo



Em nova batalha entre o Judiciário e o Legislativo, o Senado deve rejeitar a decisão tomada na terça-feira (26) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que impôs a Aécio Neves (PSDB-MG) novo afastamento do mandato e recolhimento noturno.

Do 247/Folha de São Paulo - O julgamento da primeira turma do tribunal, por três votos a dois, provocou reações tanto no Supremo quanto no Senado.

Preocupados com o próprio destino, já que muitos são alvos de investigações, senadores passaram a cobrar do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que leve o tema para votação em plenário.

Parlamentares se apoiam no argumento de que o afastamento não tem respaldo na Constituição. Tomam como base o artigo 53 do texto, que prevê prisão para senadores e deputados apenas em caso de "flagrante delito de crime inafiançável".

"O Supremo extrapolou a interpretação da Constituição. É uma teratologia patente o que se fez ontem [terça]. Aplicou-se sanções que não estão previstas", disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), vice-presidente do Senado.

Lideranças partidárias ouvidas pela Folha dão como certo que o caso deve ser levado ao plenário. Eunício evitou se posicionar sobre o assunto, à espera da notificação do tribunal, ocorrida na noite de quarta (27).

A votação pode ocorrer nesta quinta (28) se houver quorum. Bastam 41 votos, entre os 81 senadores, para o Senado não cumprir a decisão.



Afastado do mandato mais uma vez, Aécio Neves tem prisão rejeitada pelo STF


Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram nesta terça-feira 26, por 5 votos a 0, pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Mas, por 3 votos a 2, determinaram o afastamento do parlamentar do mandato.

De CartaCapital - A decisão também determina que Aécio entregue seu passaporte, o que o impede de sair do país, e permaneça em recolhimento noturno, ou seja, que permaneça em casa à noite.

Aécio foi afastado do Senado no dia 18 de maio no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato baseado em delações da JBS e que também atingiu Michel Temer (PMDB). Na ocasião, foi divulgado o conteúdo de um diálogo entre Aécio e Joesley Batista, dona da JBS, no qual o senador pede 2 milhões de reais ao empresário para pagar sua defesa na Lava Jato.

Acusada de operar propina para o irmão, a irmã e braço direito de Aécio, Andrea Neves, foi presa, assim como o primo Frederico Pacheco. O ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo, negou o pedido de prisão do senador.

O inquérito foi redistribuído no dia 30 de maio e, na ocasião, Marco Aurélio Mello assumiu a relatoria do caso de Aécio. Em 30 de junho, Mello determinou a devolução do mandato a Aécio Neves. Ao decidir sobre o caso, o ministro contestou os argumentos da PGR de que Aécio atuava para interferir nas investigações.

A volta de Aécio

Em 4 de julho, Aécio retornou ao Senado após a decisão do STF.  Em discurso, ele reafirmou sua inocência e disse ter sido vítima de uma "armadilha" montada pelo empresário Joesley Batista, da J&F, cuja delação premiada fez o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir a prisão do senador.

"Não cometi crime algum. Não aceitei recurso de origem ilícita. Não ofereci ou prometi vantagens indevidas a quem quer que fosse e tão pouco atuei para obstruir a atuação da Justiça como me acusaram", afirmou Aécio. Sem citar Joesley, o tucano disse que foi "vítima de uma armadilha, engendrada e executada por um criminoso confesso de mais de 200 crimes".

Aécio admitiu que procurou Joesley, mas por motivos pessoais. "Por meio de minha irmã, reitero, ofereci a ele a compra de um apartamento de propriedade de minha família", disse. "Essa venda, sim, me ajudaria a arcar com as novas despesas que passei a ter com advogados", afirmou. Segundo Aécio, ele precisa se desfazer de parte do patrimônio de sua família porque não obteve "jamais, em tempo algum, vantagens financeiras através da política".

Ainda segundo o senador tucano, os dois milhões de reais que pediu a Joesley seriam um empréstimo, que não envolveu dinheiro público ou contrapartidas, e que seria quitado.

Aécio é afastado mais uma vez do Senado. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil.

Blog Negro Nicolau lança enquete sobre eleições para governo do Estado do Ceará


A pouco menos de um ano das definições dos principais grupos políticos partidários do Estado do Ceará sobre a formação de chapas visando as disputadas eleitorais de 2018, o Blog Negro Nicolau lançou na tarde desta terça-feira, 26/09, enquete visando colher informações sobre a preferência de seus leitores e leitoras quanto a possíveis candidatos (as) ao Palácio da Abolição.

A enquete pretende ainda perceber como está o nível de politização de leitores (as) /eleitores (as) quanto ao acompanhamento do cenário trágico de crises econômica, política e de valores, ampliando a corrupção ao qual o país está acometido, bem como das ações desenvolvidas pelos atuais gestores.

Para evitar qualquer angústia ou receio de quem pretenda participar da pesquisa, foi disponibilizado no blog sugestões de nomes por ordem alfabética. A pergunta é: “Se as eleições para governador do Ceará fossem hoje, em que você votaria? ”. Oito nomes foram colocados como sugestão, como Ailton Lopes (PSOL), Adelita Monteiro (PSOL), Camilo Santana (PT), Capitão Wagner (PR), Eunício Oliveira (PMDB), Renato Roseno (PSOL), Soraya Tubinambá (PSOL) e Tasso Jereissati (PSDB). Caso o (a) participante não se veja representado por nenhum destes (as), há a opção “outro (a)".

Para votar na enquete basta acessar o endereço negronicolau.blogspot.com.br e do lado direito clicar na opção desejada. Deve-se registrar ainda que esta enquete não se confunde com a pesquisa eleitoral na forma que se percebe no Art. 33, da Lei 9.504/97. Esta se configura simplesmente como um mero levantamento de opiniões, sem método científico e controle de amostra para sua realização, nesse tipo levantamento não existe rigor técnico e estatístico, dependendo, apenas, da participação espontânea do (a) interessado (a).

O tempo de participação na enquete termina na meia noite do dia 31 de dezembro e o resultado divulgado no dia seguinte neste blog.


Imagem capturada do Blog Negro Nicolau. 

ONG aponta recorde de LGBTS mortos no Brasil em 2017



Até o dia 20 de setembro de 2017, aconteceram 277 homicídios contra LGBTs no Brasil, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia. É a maior média de assassinatos desde que os dados passaram a ser contabilizados, em 1980. Pela primeira vez, a média de mortes ligadas à homofobia passou de um assassinato por dia. Em 2017, a média foi 1,05 mortes por dia. Até então, a maior média tinha sido registrada em 2016, quando aconteceram 343 assassinatos --o equivalente a 0,95 morte por dia.

Do 247 - Como nem todos os casos são notificados, a situação dos LGBTs é ainda pior. Segundo o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, são registrados os casos em que a homofobia ou a transfobia foram um dos motivadores. A brutalidade é marca presente em muitos dos crimes. Para Cerqueira, o aumento de violência ano a ano é resultado de uma série de fatores: impunidade, a vulnerabilidade social e o preconceito contra essas pessoas. O presidente do GGB cobra uma lei que criminalize diretamente a homofobia.

Outra entidade que faz um levantamento de casos é a Rede Trans Brasil. Segundo a coordenadora de comunicação da rede, Sayonara Nogueira, desde 2008 o número só cresce: em 2017, já foram registrados 125 assassinatos. No ano passado inteiro foram 144. Sayonara não acha que exista aumento nesse tipo de crime. A maior notificação acontece por mais circulação de informações e do monitoramento da sociedade sobre esse segmento social.

O Ministério dos Direitos Humanos recebeu 1.876 denúncias de violências contra LGBTs em 2016. Os casos com maior número de registros contra LGBTs são violência física, lesão corporal e maus-tratos, seguidos por homicídios.



Capital Inicial dedica "Que País é esse?" a Temer no último dia do Rock in Rio 2017



A banda Capital Inicial criticou o presidente Michel Temer neste domingo, 24, em show realizado no Rock In Rio, no Palco Mundo. O vocalista Dinho Ouro Preto dedicou a música "Que País é esse?", da Legião Urbana, para o presidente, além de reger um coro contra Temer.

"Essa música é quase um dever cívico tocar. Tem que dedicar a uma longa lista de pessoas, indo de A até Z. Políticos de esquerda, de centro, de direita. Do Aécio à Dilma, ao Eduardo Cunha, Sergio Cabral, Collor. Uma longa lista de políticos que sequestrou a democracia brasileira. Conspiraram contra a esperança de todos nós, cidadãos brasileiros", disse Dinho. "Estou convencido cada vez mais de duas coisas: o poder corrompe e o Brasil é maior e melhor que seus representantes. Essa aqui é pro Michel Temer", completou o vocalista.

Este domingo foi o último dia do Rock in Rio 2017. A noite tinha como atração principal o Red Hot CHili Peppers, 30 Seconds to Mars e The Offspring.


Foto: Reprodução/ O Povo.

Apenas seis brasileiros concentram a mesma riqueza que a metade da população mais pobre



Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) são as seis pessoas mais ricas do Brasil. Eles concentram, juntos, a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, a metade da população brasileira (207,7 milhões). Estes seis bilionários, se gastassem um milhão de reais por dia, juntos, levariam 36 anos para esgotar o equivalente ao seu patrimônio. Foi o que revelou um estudo sobre desigualdade realizado pela Oxfam.

Do El Pais Brasil - O levantamento também mostrou que os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população. E que aqueles que recebem um salário mínimo (937 reais) por mês (cerca de 23% da população brasileira) teriam que trabalhar por 19 anos para obter a mesma renda que os chamados super ricos. Os dados também apontaram para a desigualdade de gênero e raça: mantida a tendência dos últimos 20 anos, mulheres ganharão o mesmo salário que homens em 2047, enquanto negros terão equiparação de renda com brancos somente em 2089.

Segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam e coordenadora da pesquisa, o Brasil chegou a avançar no caminho rumo à desigualdade nos últimos anos, por meio de programas sociais como o Bolsa Família, mas ainda está muito distante de ser um país que enfrenta a desigualdade como prioridade. Além disso, de acordo com ela, somente aumentar a inclusão dos mais pobres não resolve o problema. "Na base da pirâmide houve inclusão nos últimos anos, mas a questão é o topo", diz. "Ampliar a base é importante, mas existe um limite. E se você não redistribui o que tem no topo, chega um momento em que não tem como ampliar a base", explica.

América Latina

Neste ano, o Brasil despencou 19 posições no ranking de desigualdade social da ONU, figurando entre os 10 mais desiguais do mundo. Na América Latina, só fica atrás da Colômbia e de Honduras. Para alcançar o nível de desigualdade da Argentina, por exemplo, o Brasil levaria 31 anos. Onze anos para alcançar o México, 35 o Uruguai e três o Chile.

Mas para isso, Katia Maia propõe mudanças como uma reforma tributária. "França e Espanha, por exemplo, têm mais impostos do que o Brasil. Mas a nossa tributação está focada nos mais pobres e na classe média", explica ela. "Precisamos de uma tributação justa. Rever nosso imposto de renda, acabar com os paraísos fiscais e cobrar tributo sobre dividendos". Outra coisa importante, segundo Katia Maia, é aproximar a população destes temas. "Reforma tributária é um tema tão distante e tecnocrata, que as pessoas se espantam com o assunto", diz. "A população sabe que paga muitos impostos, mas é importante que a sociedade esteja encaixada neste debate para começar a pressionar o Governo pela reforma".

A aprovação da PEC do teto de gastos, de acordo com Katia Maia, é outro ponto importante. Para ela, é uma medida que deveria ser revertida, caso o país realmente deseje avançar na redução da desigualdade. "É uma medida equivocada", diz. "Se você congela o gasto social, você limita o avanço que o Brasil poderia fazer nesta área". Para ela, mais do que controlar a quantidade do gasto, é preciso controlar o equilíbrio orçamentário e saber executar o gasto.

Além das questões econômicas, o cenário político também é importante neste contexto. "Estamos atravessando um momento de riscos e retrocessos", diz Katia Maia. "Os níveis de desigualdade no Brasil são inaceitáveis, mas, mais do que isso, é possível de ser mudado".

Foto da favela de Santa Marta no Rio de Janeiro. Apu Gomes (AFP).

Paulo Freire exilado mais uma vez?, por Luiza Erundina


A direita raivosa da escola sem partido faz campanha para retirar de Paulo Freire o título de Patrono da Educação Brasileira que lhe foi outorgado pela Lei 12.612, de 13 de abril de 2.012, de minha autoria, e sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Justa e merecida homenagem do povo brasileiro, através de seus representantes no Congresso Nacional, a um dos seus maiores mestres da educação, reconhecido e celebrado em todo o mundo.

Publicado originalmente em sua página, no facebook - Só mesmo o obscurantismo da era Temer é capaz de cometer tamanho absurdo que coloca a imagem do Brasil na lata do lixo e a difama diante dos países democráticos e civilizados do mundo, que já se manifestam deplorando a desfeita ao mestre, cujo legado eles admiram.

Espero que a sociedade se manifeste e impeça que essa iniciativa nefasta prospere, o que significaria condenar Paulo Freire ao exílio pela segunda vez. Isso não vamos permitir.

Fortaleza disputará Série B em 2018



O Fortaleza vai disputar a Série B em 2018. Apóis oito anos na Série C, a equipe  conseguiu finalmente a redenção, esperada desde 2010. Neste período foram temporadas de bastante sofrimento, quase rebaixamento para a quarta divisão e insucessos marcantes desde 2012, quando o regulamento registrou a necessidade do mata-mata. 

Do O Povo - O jogo histórico ocorreu neste sábado, em Juiz de Fora, interior de Minas, contra o Tupi, com a presença de quase dois mil torcedores do Fortaleza. Depois de vencer o confronto de ida por 2 a 0, no Castelão, na semana passada, o Tricolor perdeu por 1 a 0, neste sábado, no estádio Mário Helênio, gol marcado por Fernando.

O início do jogo já deu mostra da postura do Fortaleza, esperando as iniciativas do Tupi e tentando sair nos contra-ataques. Logo aos três minutos, em impedimento, a equipe mineira abriu o placar, gol marcado por Romarinho. O time da casa insistia e quase marcou mais duas vezes, novamente com Romarinho, em saída errada de Marcelo Boeck, e com Italo, acertando a trave.

A partir dos 30 minutos os comandados de Antonio Carlos mostraram outra postura. Com mais calma, trocavam passes e tinham em Hiago a saída de segurança e velocidade, especialmente pelo lado esquerdo. Foi assim que o atacante finalizou com perigo em duas oportunidades.

O segundo tempo mais uma vez teve domínio do Tupi. Aos sete minutos, Andrei teve gol anulado também por impedimento e aos 14 minutos foi a vez de Marcelo Boeck - o melhor atleta da campanha do acesso - ser decisivo em chute de Helder, de bicicleta.

Restanto 30 minutos para o acesso e tendo que fazer pelo menos dois gols para levar a decisão para os pênaltis, o Tupi mantinha a postura tática de ataque, mas encontrava até então uma sólida defesa do Fortaleza, que permitia pouco ao adversário.

Aos 36 minutos, o Tupi abriu o placar. Após ótima jogada pela direita, Edmário ajeitou de cabeça para Fernando e o zagueiro fez 1 a 0, na pequena área tricolor. O jogo se tornava ainda mais dramático e, na sequência, Marcelo Boeck fez duas ótimas intervenções.

Nos minutos finais, já com Leandro Cearense e Jô em campo, o Fortaleza, de forma inteligente, segurou a posse de bola no campo de ataque e só restava algo a se fazer, após oito anos: comemorar o acesso.

Foto: Fábio Lima/ O Povo.

Como anda as discussões na Câmara de Altaneira?


A nova legislatura altaneirense começou e com ela novos assentos. Três estreantes e um retorno. Destes, apenas uma mulher garantiu vaga na casa, fazendo com que este número permanecesse o mesmo, já que Lélia de Oliveira não se reelegeu. A casa tem 3 mulheres e 6 homens. Gilson Cruz e Genival Ponciano tiveram o mesmo resultado de Lélia e, Devaldo Nogueira voltou a ocupar cargo de vereador pelo PMDB depois de ter se ausentado nas últimas disputas.

Mas o que esse cenário diz sobre as discussões na Câmara? Em um passado bem recente o legislativo altaneirense era visto pela grande maioria como ineficiente. As desavenças pessoais, as picuinhas e os constantes desrespeitos ao Regimento Interno - espécie de “bíblia” - dos (as) edis superavam as matérias de interesse da coletividade. As expressões “hoje tem sessão” eram facilmente substituídas (e com sinceridade correspondiam aos fatos) por “hoje tem brigas” e “hoje tem mais embates pessoais”.  Esse era o cenário de 2013 a 2016.

2017 começou e parece que o desalento da população com os (as) edis diminuiu. Pouco mais de sete meses de discussões na Câmara e alguns nomes antes mesmo da comunidade elogiar se autoelogiaram. Regimento seguido à risca, conflitos pessoais deixado da porta para fora, harmonia entre oposição e situação e matérias que precisam ir ao encontro dos interesses da coletividade.....  

É bem verdade que o que mais tem chamado à atenção nesse início de trabalho legislativo é o cumprimento do horário das sessões. Esta não vem se alongando por horas e horas como outrora, o que ajuda e muito que discussões fora de propósito ocorram. Mas votando ao parágrafo anterior. Vejo com muita desconfiança e até com receio quem prega a harmonia cega entre polos opostos na administração. Esta é importante, deve SEMPRE ser destacada, mas harmonia não pode e nem deve ser vista como ausência do contraditório – ponto mestre para que se tenha uma gestão eficiente, eficaz, transparente e a serviço da eliminação/diminuição das desigualdades raciais. As questões do nosso país precisam ser vista pelo lado racial e não social.

Quanto ao Regimento Interno, cumpri-lo sem desrespeitá-lo não é uma das tarefas das mais fáceis. Se se levar em conta a comparação que fiz ao iniciar o texto, ela não para por ai. Regimento e Bíblia não só são vistas como base para quem as usa, mas seus usuários e usuárias líderes também se equivalem (com raríssimas exceções). A grande maioria não lê e quando executa a leitura usa em benefício próprio. Espero que essa nova composição legislativa faça diferente.

Mas para quem acompanha semanalmente as sessões percebeu que aqueles velhos conflitos entre oposicionistas e base da administração retornaram. Para quem estava cansado (a) de testemunhar as mesmas músicas tocando.... Pediu para sair do salão. Se a memória não me falha há três sessões um embate entre o vereador Valmir Sousa (PDT) e a vereadora Alice Gonçalves (PRP) chamou a atenção. Ambos discutiam acerca de iluminação do distrito do São Romão. O que deveria ser um debate saudável acabou desembocando para o lado pessoal.

Já na sessão passada.... Figurinhas repetidas e discursos reeditados. Adeilton Silva (PSD) e Flávio Correia (SD) foram os antagonistas da situação. Eles travaram debate para enfatizar o que uma gestão não fez ou não priorizou e o outro o seu inverso.

As sessões melhoraram. É notável, mas parece que o clima saudável do início está retornando para o seu oposto. O que a população mais deseja é que haja mudança, mas não aquela de aparência ou ainda a que se muda para permanecer tal qual outrora. Mas para isso, ela precisa participar. Não só ouvir pela rádio ou acompanhar diretamente no plenário, mas apresentando críticas construtivas, elogios e sugerindo melhorias.

Não sei se ainda é cedo para fazer essa análise, mas tarde nunca é. Posteriormente, o Blog Negro Nicolau irá produzir um artigo acerca do desempenho de cada parlamentar e o grau de importância das matérias apresentadas, discutidas e aprovadas/rejeitadas.

Parlamentares de Altaneira em face de sessão ordinária realizada na última quarta-feira, 20/09. Foto: Júnior Carvalho.



“Paulo Freire nunca foi um doutrinador”, diz em entrevista viúva do educador



A pedagoga e Doutora em Educação, Ana Maria Araújo Freire, que relançou pela editora Paz e Terra a obra Paulo Freire, uma história de vida, vai logo avisando: “não me chama de Doutora, pode me chamar de Nita mesmo. Nem de professora, eu já não estou lecionando. Estou com 83, vou fazer 84”. Nesta entrevista, a viúva de Paulo Freire (1921-1997) relata um pouco do que o educador português Licínio Lima diz no prefácio ser um trabalho ‘incontornável para os estudiosos do pensamento de Paulo Freire’, especialmente pelos documentos inéditos.

Do Extra Classe - Com a intimidade que privou com o patrono da educação brasileira, Nita Freire ainda se coloca na pele daquele que é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial. Fala do movimento Escola Sem Partido, da violência contra professores e sobre os ataques que Paulo Freire tem recebido de pessoas “do calibre” de Magno Malta e Marco Feliciano. “Tenho pena de todas essas pessoas que se envolveram para levar uma coisa que traduz ignorância, porque o Paulo nunca foi um doutrinador. Pelo contrário, todo o trabalho de Paulo é de conscientização para a autonomia dos sujeitos, para as escolhas dos caminhos que cada homem e cada mulher quiserem tomar”, esclarece.

Extra Classe – O movimento Escola sem Partido e seus simpatizantes atacaram até Paulo Freire nas manifestações a favor do golpe. “Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”, estava escrito em uma faixa. O que dizer disso?

Ana Maria Araújo Freire – Às vezes causa raiva; às vezes causa compaixão, diante do fato de que ou aquele rapaz que carregava essa faixa foi pago para carregar ou ele próprio confeccionou talvez com amigos. Tenho pena de todas essas pessoas que se envolveram para levar uma coisa que traduz ignorância, porque o Paulo nunca foi um doutrinador. Pelo contrário, todo o trabalho dele é de conscientização para a autonomia dos sujeitos, para as escolhas dos caminhos que cada homem e cada mulher quiserem tomar. O que o Paulo fez foi mostrar que o oprimido tem uma maneira de sair da condição de opressão. Ele se preocupou muito com as condições em quaisquer relações entre as pessoas. Não é justo ser apenas mandado, ser vilipendiado, em condições miseráveis. Essas pessoas têm que ascender socialmente.

EC – Isso tem incomodado muita gente nos últimos anos, não?

Ana Maria – Quem bota essa placa ‘Basta de Paulo Freire’ na realidade não quer uma divisão menos injusta das riquezas do país, não é? Tanto que os governos até FHC calculavam o orçamento da União baseado em 100 milhões de pessoas. Os 53 milhões que estavam de fora, esses não se contavam. Para eles não ia nenhuma obra de escola, de saneamento, de moradia, não ia.

EC – Voltando ao Escola sem Partido…

Ana Maria – Então, esse movimento Escola Sem Partido é uma coisa terrível, porque ele não quer que os alunos reclamem sobre o que a professora por acaso disse de errado ou por ver a professora levando temas da vida real para a sala de aula. De fato, eles não dizem nada e, depois, se queixam dizendo que se tem a obrigação de fazer reclamações para a diretoria. Abriram até um canal, não sei se funcionou, para as crianças escreverem diretamente para o MEC nessa linha: ‘professor tal falou de Marx na aula e disse que ele é muito bom’, por exemplo; falou de Paulo Freire: ‘Foi um homem muito católico, de muita fé, mas que alfabetizava’. Então, a alfabetização ficou no ‘mas que’… Que coisa perigosa!

EC – Não sabem o que estão falando.

Ana Maria – Então, são pessoas desse calibre! Aquele senador do Espírito Santo (Magno Malta – PR), que divulgou isso; que lutou por isto e na televisão está sempre nas discussões sobre esse movimento. Eu ficava boquiaberta sobre o que as pessoas diziam sobre Paulo. Não tinha nada a ver. Não conhecem e entram dentro de escolas fascistas, de ideologias fascistas, onde tudo que não é da dureza, do fascismo, é considerado como nocivo à pessoa e à Nação.
EC – Nesse contexto, além de marcar os 20 anos da morte do patrono da educação brasileira, o que significa para a senhora reeditar a biografia de Paulo Freire?

Ana Maria – Eu tinha muita vontade de reeditar, porque o livro fez dez anos e ele tinha dois erros meus, de extração minha, de dois nomes que eu coloquei errado. Tinha ainda duas questões importantes que é atualizar a linguagem e acrescentar os dados da vida de Paulo nesses dez anos que se passaram. Então eu acho que foi muito importante que a editora Paz e Terra quisesse reeditar o livro fazendo essas correções que eu apontei e pondo a público a vida, nos menores detalhes, do homem que lutou, lutou, lutou a vida inteira pela educação no Brasil. Paulo deu o seu corpo e a sua alma ao povo brasileiro; ao povo do mundo, mas sobretudo ao povo brasileiro.

EC – A atualização mantém vivo o pensamento do autor?

Ana Maria – Reeditar a biografia é deixar Paulo vivendo. Se eu não publicasse mais os livros que eu tenho direito, que Paulo me deixou como direito, se não tivesse atenta, procurando que a editora não se acomode em situações pouco visíveis para Paulo, ele já teria morrido com 20 anos. O Mario Sergio (Cortella, filósofo) conversando comigo me disse ‘Nita, os grandes pensadores daquela época de Paulo, como Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes, FHC, Celso Furtado, têm livros que estão vendendo muito pouco, quase nada, e o Paulo é campeão de vendas de livros científicos há muitos anos’.

EC – Freire é mais lido na atualidade do quando era vivo?

Ana Maria – Continua vendendo! Ele está sendo mais consagrado. Engraçado, quanto mais parece que perseguem Paulo; quanto mais batem em Paulo, mais ele cresce. É uma coisa impressionante. Mês a mês, ano a ano, de pouquinho em pouquinho Paulo vai sendo mais lido e mais conhecido. Sobretudo pelos livros Pedagogia da Autonomia e Pedagogia do Oprimido, sendo este a obra mais clássica, considerado o grande livro.

EC – E ao contrário de alguns intelectuais por aí, ele nunca disse ‘esqueçam o que eu escrevi’…

Ana Maria – E aí (gargalhadas) acontece que não está vendendo. Ele (FHC) não está vendendo. Pediu e levou, né?

EC – Na sua opinião, o Pedagogia do Oprimido é realmente o melhor livro de Paulo Freire?

Ana Maria – Eu considero par a par o Pedagogia do Oprimido com o Pedagogia da Autonomia, que é um outro enfoque da educação. É um livro que traz tudo o que o Paulo escreveu desde o princípio, lá no Recife e vem vindo, vem vindo, vem vindo num fio condutor que é a pedagogia em favor do oprimido. Não é a pedagogia do oprimido, mas é uma obra – lembrando que toda a obra de Paulo é a favor do oprimido – que eu acho que é muito mais carregada dessa linha de vamos nos fazer todos iguais, marcando nossas diferenças.

EC – Em que os documentos inéditos que serão disponibilizados nessa reedição, como poemas escritos de próprio punho pelo educador deverão contribuir para conhecermos um pouco mais do homem Paulo Freire?

Ana Maria – Eu acho que contribui em especial a poesia. O homem se abre muito. Tem menos censura, mostra mais a alma, o sentimento. Embora eu considere que vários livros do Paulo, por exemplo, Cartas a Cristina, mostra muito mais sensibilidade do que razão. Em Paulo nunca falta a razão, mas o caminho dele é o caminho do sensível.

EC – Por exemplo?

Ana Maria – Tem partes do Cartas a Cristina que são muito poéticas. Infelizmente é um livro pouco lido. Talvez por ser maior e tenha sido mais difícil de vender, mas é um livro que eu acho fenomenal, no qual ele fala do princípio da sua vida, da saída de Recife para Jaboatão; aquele sofrimento do pai, eles indo para uma casa muito pobre que, felizmente, ainda está de pé. Eu tenho lutado, mas ainda não consegui que algum órgão tombe aquela casa.

EC – Ou seja, um pensador que é referenciado no mundo inteiro, mas no seu país sofre ataques de setores conservadores e a resistência à preservação da sua memória…

Ana Maria – Aquela casa deveria ser tombada pelo Iphan! Porque ainda está de pé e é uma casa de mais de cem anos que não tem condições de sobrevivência por ser muito modesta. A gente vê no mundo inteiro as casas dos importantes, dos políticos, dos poetas, dos escritores, placas indicando que eles viveram lá. Aqui no Brasil, a memória histórica é muito desprezada. A cultura no Brasil ainda não foi entendida como parte necessária e fundamental para a formação da cidadania.

EC – Como a senhora analisa o surgimento desses movimentos fundamentalistas após o período de democratização?

Ana Maria – O mundo todo está caminhando para a direita. Quando os pobres, no caso da Europa, olham os exilados chegando, o medo que os nacionalistas têm é que esses vão tomar os seus empregos. Raramente aparece um nacionalista defendendo, acolhendo e protegendo pessoas que aparecem nesses barcos precários, chegando à Espanha, por exemplo. Mas, enfim, aqui no Brasil houve 13 milhões, há quem diga 40 milhões de pessoas que mudaram de classe social. Essa população que entra começa a abrir espaços. Ela quer espaço na universidade e quer espaço no emprego e vai conseguindo. Isso deixa a direita, a classe média, que é preponderantemente de direita no Brasil, revoltada. Esses movimentos, como você citou, misóginos, partem realmente dos que se sentem desprezados. Se fala tanto que Lula fez isto e isto, não! Na realidade, o que eles querem dizer é ‘trouxe essa classe que está nos aborrecendo e abafando e nós não conseguimos passar para o patamar acima, que é a classe de elite dominante’. Por que eles acreditam que podem passar (risos).

EC – Aqui em São Paulo isso é realmente muito perceptível…

Ana Maria – Não tem chance! Você não é aceito desde o clube que eles frequentam; você não é aceito numa mesa de banquete porque pode se atrapalhar com tantos talheres e tantos copos. Desde essas coisas pequenas, eles repudiam aquele que está querendo entrar, e não ajudam. Antes, preconizam o fracasso daquele cara pra ele deixar de ter a pretensão de ser classe alta, pra ele voltar pro seu canto. ‘Vá pro seu lugar que é classe média’. Então eu acho que nesses movimentos todos surgem novas ideologias e essas ideologias que estão surgindo não são as da tolerância, do respeito ao direito, do acolhimento, da seriedade, da concessão; aberta ao direito do outro. Pelo contrário, essas ideologias são combatidas nas ruas com pedras cassetes, etc.

EC – Recentemente uma professora do Paraná foi agredida por um aluno. Em média, dois professores por dia são agredidos em sala de aula no estado de São Paulo. O interessante, além de trágico nisso tudo, é que no ano de sua morte, Paulo Freire escrevia o terceiro capítulo do livro Cartas Pedagógicas, no qual analisa a banalização da violência como resultado de uma educação precária. O que a senhora acha que Paulo Freire diria sobre isso?

Ana Maria – Paulo diria que falta, primeiro, autoridade do professor. Essa autoridade não vem sendo concedida como antigamente pela família, pelo Estado, pela sociedade toda. O professor antigamente tinha um status alto, embora não ganhasse tanto dinheiro assim, ele tinha um alto status. No momento em que os professores começam a ser degradados, esse é um dos motivos. O outro motivo é que essas classes emergentes, que subiram, acham que o filho do rico insulta todo mundo, inclusive o professor, porque tem dinheiro e tem poder. E isso não é verdade. Então é por imitação, querer ser igual em tudo que ele (o aluno) vai e bate e diz ‘e aí qual é? Eu conheço o pessoal do município de Itapevi e um rapaz negro, muito modesto, superesforçado, competente, me parece que ele é homossexual também, foi agredido várias vezes pelos alunos. O que que a Secretaria fez? Colocou ele em casa. Deu licença de seis meses.

EC – Quer dizer que o agredido é que foi afastado?

Ana Maria – A Secretaria não enfrenta porque os pais desses meninos vão lá na escola e dizem ‘meus filhos aqui podem fazer o que quiserem. Podem subir em sofá, porque na minha casa sobem; podem insultar, porque na minha casa insultam’. Então, existe um respaldo também dos pais. E porque os pais dão esse respaldo? Porque estão muito ausentes, da presença, da presença educadora com relação a seus filhos.

EC – Como assim?

Ana Maria – Não existe uma grande preocupação. O que acontece aí é que eles enchem as crianças de mimos e de presentes. Brinquedos, cada vez mais brinquedos, ‘eu quero isso, eu quero isso’, as crianças fazem birra, batem os pés no chão e os pais dão, mesmo pagando em dez, quinze vezes se for possível. Ele não pode comprar aquilo, mas ele dá. Eu acho que é esse conjunto de coisas relacionadas que determina essa falta de respeito à pessoa do professor e da direção das escolas também.

EC – O deputado federal Marco Feliciano afirmou que o aluno agressor deveria ser considerado um sujeito oprimido pelo sistema. Como a senhora recebe esse tipo de ironia?

Ana Maria – (Longa pausa) Sintoma de almas perdidas pelo mundo, não é? Porque não é possível pessoas como alguns desses pastores que estão em evidência tratarem os seres humanos como um demônio que eles têm que exorcizar. Então essa professora, para ele, comete erros horríveis! Então, o menino ainda fez bem de bater porque está exorcizando o que ela tem de mal. É a única maneira como eu vejo essa coisa, que não é através de conhecimento científico, nem religioso, nem do senso comum. É uma coisa que parte do conhecimento de um ‘místico’ que vê as pessoas da seguinte forma: ‘aquela é ruim esse aqui é bom’. Não vê que o aluno já tinha uma ficha policial por muitas passagens de agressão, inclusive a professores. E o que a família estaria fazendo? Aquilo que eu disse antes: não estava fazendo nada.

EC – Como tratar agressores como esse?

Ana Maria – Vai ter que ter uma iniciativa do Estado de colocar o menino em um reformatório. Acho que nenhum lugar hoje se chama reformatório, mas deveria voltar a se chamar re-for-ma-tó-rio, porque essas crianças, adolescentes que vão pra lá são absolutamente insuportáveis para o convívio social.

EC – Paulo Freire se declarava cristão. Em seu exílio, inclusive foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas, em Genebra (Suíça). Não é no mínimo anacrônico segmentos neopentecostais da Câmara Federal e do Senado, que se dizem cristãos, serem grandes opositores ao pensamento de Freire e defensores do Escola sem Partido?


Ana Maria – Essas igrejas novas, ao contrário da igreja católica, que está marchando para a esquerda, estão marchando para a direita e eles querem ter os seus fiéis absolutamente submissos. Às vezes eu deixo ligada a televisão e os meus filhos dizem ‘tira, tira mamãe’, mas eu quero ver como é! As pessoas ficam absolutamente enlouquecidas. A lógica usada é quanto mais você dá, mais você ganha. Eu acho que falta para as pessoas que frequentam essas igrejas aquilo pelo qual Paulo tanto lutou: cons-ci-en-ti-za-ção! Falta saber quem eu sou; quem está contra mim; quem está a favor. Só essas perguntas já as ajudariam, pois, muitas vezes, lhes foram negadas o ato de pensar. Você acha que um Magno Malta, um Feliciano e um Bolsonaro, por exemplo, iriam apoiar o trabalho de Paulo Freire? É até bom que não apoiem, porque até poderia manchar um pouco a biografia do Paulo (risos).

Ana Maria Freire e Paulo Freire. Fotomontagem: Reprodução/ Blog Negro Nicolau.