Conheça os municípios cearenses que mais amargaram perdas de recursos do FPM


Os municípios cearenses sofreram queda de 3,5% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) neste ano. Comparado a igual período do ano passado, com a inclusão da repatriação de recursos desviados de fraudes para outros países, as perdas das prefeituras são ainda maiores, chegando a 6,9%. Esse percentual se eleva ainda mais com a inclusão da inflação anual, em torno dos 3%. A perda total chega aos 9,9%. Esses resultados foram apresentados pelo consultor econômico da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), José Irineu Carvalho.

Os municípios brasileiros deixaram de receber neste ano R$ 3,5 bilhões do FPM. Desse total, o Ceará perdeu R$ 174 bilhões, acrescentou André Carvalho, também consultor econômico-financeiro da Aprece. Os mais afetados são os de menor porte, onde não existem indústrias e setor terciário (comércios e serviços) forte para assegurar recursos para o custeio das despesas com os servidores e a realização dos serviços básicos. A salvação está nas obras estruturantes, de maior porte, que, quando necessárias e atendidas, são realizadas com recursos estaduais ou federais, as vezes por meio de parcerias entre as duas esferas governamentais.

Mais afetados

Na lista dos municípios mais afetados pela redução dos repasses do FPM estão Poranga, Alcântaras, Mulungu, Aiuaba, Grangeiro, Palmácia, Senador Sá, Cariús, Potiretama e Catarina. As prefeituras sofrem, inclusive, com a atualização anual dos coeficientes do FPM. Um exemplo é Miraíma, no Norte do Estado. Na estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constam 13.583 habitantes. São dois moradores a menos necessários para pular do índice 0.8 para 1.0. Representa 25% a menos no FPM, cuja previsão para o repasse de dezembro é de R% 800 mil. O município deixará de receber exatos R$ 200 mil, explicou André.


Neste ano, conforme o IBGE, além de Miraíma, outros 22 municípios tiveram redução populacional. Apenas Irauçuba, também no Norte do Estado, teve acréscimo de coeficiente, de 1,2 para 1,4, representando o acréscimo de R$ 2,4 milhões no repasse anual do FPM. As cotas de repasse são divididas em 18 índices, de 0.6 a 4.0, equivalente às faixas populacionais de cada município.


Banabuiú, no Sertão Central, não teve redução populacional, mas está sendo afetado. O prefeito Edinho Nobre informou ainda não ter realizado o balanço do impacto da redução do FPM, mas as quedas ocorreram em grandes proporções, embora em nada tenha comprometido o pagamento de funcionários efetivos e contratados, ainda dentro do mês em vigência, de janeiro a novembro. Por outro lado, tal situação gerou dificuldades para a gestão cumprir compromissos financeiros com fornecedores. A redução também impediu obras de saneamento. 

As informações são do Diário do Nordeste. Clique aqui e confira integra da matéria.

Altaneira, pequeno município localizado na região do cariri cearense não está entre os mais atingidos,
segundo levantamento apresentado. (Foto: Reprodução/ TV Assaré Online).




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