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A nova Ministra do Trabalho: Ministra Cristiane, mas pode me chamar de Roberto Jefferson


Ele voltou, agora plenamente.

O homem dos “instintos mais primitivos” é, desde hoje, o ministro de fato do Trabalho.

Com todo o respeito pela insossa Cristiane Brasil, sua filha, é ele quem, politicamente, foi nomeado.

É este o nível do ministério Temer, o de “Bob Jeff”, que quase emplacou a moça como ministra da Cultura em julho do ano passado.

A escolha é coerente.

Afinal, Jefferson tem experiência com malas, porque foi ele quem tornou agudo o processo do chamado “mensalão” ao ter falado que recebeu uma delas, com R$ 4 milhões, que jamais apareceu, mas serviu para “comprovar” que o governo petista “comprava” uma base de apoio.

Foi, assim, o precursor da delação premiada – versão mais antiga e menos benévola – reduzindo sua pena de dez para sete anos, que cumpria em regime aberto até que foi indultado pelo ministro Luis Roberto Barroso. Sem protestos, aliás, porque já havia cumprido os requisitos para obtê-lo.

O pai, orgulhoso, recebeu o presente das mãos de Temer, já sem munição para escolhas políticas mais representativas, que o ajudassem a remontar  sua  base na Câmara.

Roberto Jefferson, uma espécie de híbrido entre Eduardo Cunha e Carlos Marun, é de novo um dos convivas à mesa do poder, onde se devora o Brasil. (Por Fernando Brito, do Tijolaço).

Roberto Jefferson e sua filha, a agora ministra do trabalho, Cristiane Brasil. (Foto: Reprodução/ Tijolaço).

Porque Jefferson não desperta “os instintos mais primitivos” da direita



Roberto Jefferson, desde o início de sua carreira como auxiliar de apresentador do programa “O povo na TV”, foi um homem que usava e abusava das agressões verbais, violentas, destas que se faz em estado catatônico, claro que sempre estudado para as câmaras.

Assim foi até a CPI dos Correios, com direito a olho roxo e à estudada provocação a José Dirceu com a famosa frase de que ele “despertava seus instintos mais primitivos

Depois, o câncer o fez recolher-se e, aparentemente, passar a guardar um comportamento mais discreto.

A ridícula pantomima de Joaquim Barbosa adiando por mais de três meses sua prisão, sem que houvesse nada que o justificasse, quando mandar prender, em pleno feriado, os demais condenados, parece, entretanto, reacendido esta veia em Jefferson.

A torta montada por Barbosa ao decretar sua prisão numa sexta-feira, sem expedir incontinenti, entretanto, seu mandado de prisão, deu a chance de colocar uma cereja como gran finale.

Deu um final de semana de estrelato à pobre figura do ex-presidente do PTB (do PTB da direita, no qual ele entrou lá atrás, em 1982, com Sandra Cavalcanti, a lacerdista).

O passeio, em grande estilo, numa Harley Davidson é o toque de caricatura que lhe faltava.

Ainda assim, porque é que não se destila em relação à sua figura o ódio midiático que se desfechou contra os líderes petistas?

Ninguém chamou de “deboche” seu gesto.

Há uma espécie de compunção na direita feroz, por ter de ver um dos seus ter de ir-se, para que os outros pudessem ser levados.

Jefferson parece à vontade em seu novo papel, não é um homem frágil como sua saúde pode, de fato, ser.

Ninguém irá discutir sua necessidade de atenção médica ou seu direito de ir trabalhar, como prevê o regime semiaberto.

Ninguém investigará a quinta geração dos que, por ventura, lhe ofereçam um emprego ou doem algo para que pague sua multa.

Jefferson deve ser tratado com respeito a seus direitos de apenado e sem vinditas políticas.

Porque soltar, para com quem está preso e indefeso, os “instintos mais primitivos” não é coisa apenas de selvagem.

É de covarde.

É ser como foi a nossa mídia com os condenados do PT.


Via Tijolaço

Roberto Jefferson tem sua pena mantida pelo STF no julgamento do mensalão




STF mantém pena de Roberto Jefferson no julgamento do mensalão


Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram negar o recurso apresentado pelo presidente licenciado do PTB Roberto Jefferson na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de multa de R$ 720 mil.

Jefferson foi quem denunciou o pagamento a parlamentares. Durante a investigação do Ministério Público, o então presidente em exercício do PTB confirmou ter recebido R$ 4 milhões do esquema e distribuído o valor aos deputados de seu partido.

Entre os principais argumentos apresentados no recurso para anular a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, a defesa do réu alegou que Jefferson não sabia a origem ilegal dos recursos recebidos. Jefferson também queria a redistribuição da ação penal para outro ministro-relator, questão analisada e negada na sessão de ontem (14).

O relator da ação penal, ministro Joaquim Barbosa, negou todos os recursos por entender que as provas foram claramente analisadas e não há nenhuma omissão ou obscuridade no acórdão, o texto final do julgamento. Barbosa também ressaltou que não é possível revisar as penas por meio dos embargos de declaração. Para justificar a condenação pelo recebimento de dinheiro, Barbosa alegou que o próprio réu declarou que "participou de uma reunião na qual ele recebeu promessa de R$ 20 milhões, tendo sido pago R$ 4 milhões”.

Roberto Jefferson pediu ainda perdão judicial, por ter delatado o esquema em que participava. Segundo Barbosa, a atenuante de um terço foi levado em conta no cálculo da pena e o ex-deputado “só colaborou no início das investigações”

Sobre a inclusão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal, questão levantada várias vezes pelo réu durante o processo e sucessivamente negada pela Corte, Barbosa disse que a questão já foi decidida mais de uma vez por ele. Acompanhando o relator, o ministro Ricardo Lewandowski, que era revisor do processo, disse que Jefferson "insiste em renovar questões para modificar a natureza dos embargos de declaração".

O voto de Barbosa foi seguido na íntegra pelos ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello.


Via Agência Brasil