Em
sessão realizada no último dia 23 de julho, o Tribunal Regional Eleitoral - TRE julgou procedente a ação de impugnação ajuizada pelo Procurador Regional
Eleitoral e indeferiu o registro de candidatura do deputado Sineval Roque
(Pros) que almeja ter mais uma vez assento na Assembleia Legislativa.
O
procurador sustenta na ação que na campanha de 2010 para a Assembleia
Legislativa o deputado Roque recebeu doação acima do limite legal de uma de
suas empresas, no caso a Distribuidora Roque, com sede no município de Crato, na região do cariri.
Dois
dos amigos próximos a Roque comentaram essa decisão do TRE. O Jurista Raimundo
Soares Filho, do Blog de Altaneira classificou o fato como tendo sido um erro
de assessoria desse parlamentar. “Conheci nos
meus primeiros anos de advocacia, sempre foi um político simples e atencioso
com eleitores, lideranças políticas e amigos. Nunca votei no Roque, mas nunca
deixamos de conversar, critiquei-o nas posições que considerava erradas e
elogiei nas corretas. Diferente de muitos políticos que se perpetuam no poder
Roque respeita os amigos mesmo que não o acompanhe politicamente. O Roque fez
por merecer a chance de disputar um novo mandato, pois ao longo desses anos não
foi registrada nenhuma ação que desabonasse a sua conduta como agente político,
infelizmente por um erro de assessoria está impedido de se submeter ao
julgamento popular”. Soares ressaltou ainda que entende que o Roque merecia
encerrar a sua carreira política de outra forma, porém, diz ele “mas vamos aguardar a decisão do deputado se
vai impetrar ou não o recurso”.
Já o professor Augusto foi mais incisivo e afirma que Roque, como político, está ultrapassado. Para ele, se o deputado vier a recorrer e tiver êxito, a vida política não será longa. “A trajetória descendente do deputado Sineval Roque culmina com o impedimento em renovar o seu mandato. Não se sabe se recorrerá à decisão do TRE, mas de há muito o referido político deveria pendurar as chuteiras, principalmente com o baque sentido no desejo de ser prefeito de Crato – obteve votos suficientes para elegê-lo a diretor de escola pública. Mesmo com a aterrissagem política iminente, resolveu arremeter, mas não o avisaram do mau tempo, das fortes trovoadas e rajada de relâmpagos – fim esperado para um político ultrapassado. Caso ressuscite, terá vida curta”, pontuou o professor.