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A luta contra o racismo deve ser uma ação cotidiana, diz comissão do Artefatos da Cultura Negra


A comissão organizadora do Artefatos da Cultura Negra publicou em sua página na rede social facebook nota de agradecimento pela envolvimento de pesquisadorxs, professorxs, ativistas de movimentos sociais, estudantes de licenciatura e da educação básica, bem como axs parceirxs que participam ativamente da construção do evento que este ano esteve em sua 8º edição, como  NEGRER/Departamento de Educação/Universidade Regional do Cariri – URCA, Grupo de Valorização Negra do Cariri – GRUNEC e Cáritas Diocesana de Crato, Universidade Federal do Cariri e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE – Juazeiro do Norte.

O VIII Artefatos da Cultura Negra ocorreu entre os dias 26 e 30 de setembro do ano em curso em três cidades do cariri cearense – Crato, Juazeiro do Norte e Brejo Santo - e debateu dentro da temática geral “Educação, Justiça Social e Demandas Contemporâneas” proposições de superação do racismo no campo da educação. Segundo a nota, a ação que vem sendo realizado anualmente “tem se destacado como um dos mais importantes eventos sobre cultura negra no Brasil e se constituído enquanto um espaço de importante de produção do conhecimento, num diálogo estreito entre a academia e a sabedoria popular/ancestral” e ressaltou “que a luta contra o racismo deve ser uma ação cotidiana, coletiva e comprometida com a construção de um mundo melhor para tod@s”.

Abaixo a nota na íntegra:

Durante o período de 26 a 30 de setembro de 2017 o Congresso Artefatos da Cultura Negra promoveu discussões sobre a situação da população negra no Brasil apresentando proposições de superação do racismo no campo da educação. O evento, que este ano aconteceu em 03 (três) cidades do Cariri cearense (Brejo Santo, Juazeiro do Norte e Crato) reuniu pesquisador@s, professor@s, ativistas dos movimentos sociais, grupos culturais, feirantes, estudantes de licenciatura e da educação básica.

A ação, realizada anualmente, tem se destacado como um dos mais importantes eventos sobre cultura negra no Brasil e se constituído enquanto um espaço de importante de produção do conhecimento, num diálogo estreito entre a academia e a sabedoria popular/ancestral. A Comissão Organizadora do VIII Artefatos da Cultura Negra agradece a tod@s que contribuíram para a realização do evento e destaca que a luta contra o racismo deve ser uma ação cotidiana, coletiva e comprometida com a construção de um mundo melhor para tod@s.

Os nossos mais sinceros agradecimentos aos parceiros que anualmente participam efetivamente da construção do evento: NEGRER/Departamento de Educação/Universidade Regional do Cariri – URCA, Grupo de Valorização Negra do Cariri – GRUNEC e Cáritas Diocesana de Crato, Universidade Federal do Cariri e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE – Juazeiro do Norte.

A Comissão Organizadora agradece o importante apoio recebido da:

Pró-Reitoria de Extensão – PROEX - URCA
Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário – PRODUN – URCA
Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis – PROAE – URCA
Pró-Reitoria de Cultura, Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal do Cariri – UFCA
PARFOR – Pedagogia - URCA
Níger - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE
Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da UFC
ONG ALDEIAS/Zabumbar/Banda Sol na Macambira
Luciano Dex Tape/Nega Lú
Maracatu Uinu- Erê
Coletivo Camaradas
Grupo Arte e Tradição
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB
Mestrado Profissional em Educação da URCA
Departamento de Tecnologia da Informação – DTI/URCA
Núcleo das Africanidades Cearense – NACE – UFC
Núcleo de Estudos Comparados em Corporeidades, Alteridade, Ancestralidades, Gênero e Gerações – NECA GE/UFCA
Grupo de Estudo e Pesquisa de História, Cultura e Ensino Afro-Brasileiro, Americano e Africano – GEPAFRO – Departamento de História URCA
Secretaria de Educação de Porteiras – CE
Associação REMOP – Casa da Memória de Porteiras – CE
Núcleo de História Oral e Tradições – Departamento de História – URCA
Centro Cultural do Banco do Nordeste
Kennedy Gonçalves Fotografias

O VIII Artefatos da Cultura Negra 2017 ocorreu  em Crato, Juazeiro do Norte e Brejo Santo.
Foto: Cáritas Diocesana de Crato. 



Artefatos da Cultura Negra é o maior evento de pesquisa sobre população negra do Brasil, diz Henrique Cunha


Artefatos da Cultura Negra no Ceará no Ceará é de fato o maior evento de pesquisa sobre população negra do Brasil. Tivemos uma semana de atividades, nos três períodos dia, em três cidades: Brejo Santo, Juazeiro e Crato, envolvendo as Universidades Federais do Cariri (UFCA), do Ceará (UFC), o Instituto Federal do Ceara – Juazeiro (IFCE) e a Universidade Regional do Cariri (URCA), sendo esta ultima, sede nuclearizadora. Evento organizado com a sociedade civil, os movimentos negros, tendo as economias solidarias, com feira de artesões e vendedores de produtos da nossa cultura. Evento, interdisciplinar, com apresentação de trabalhos, intensa parte cultural e grande conferências. Um evento com 1000 inscrições pagas, em época de crise, não é fácil.

O ônibus de africanos estudantes da UNILAB, com professores fez desta universidade grande parceira sem sermos oficialmente. Eles deram os toques africanos da África presente, nos presenteando pela africana presença. Tudo em tudo estivemos num alto clima de trocas de conhecimentos. As conferencias muito, mas muito boas. Um festival de grandes conferências. Neste ano face às dificuldades conjunturais nacionais somente não tivemos os convidados internacionais. Estou voltando para casa em Fortaleza, no fim de semana próximo volto a Bahia(me despeço em definitivo da Bahia), mas estou feliz pois temos um sonho realizado.

O nosso grande grupo de pesquisa, que se inicia com meus orientados, que cresceu com os orientados de Cicera Nunes, com os orientados dos demais colegas, Sandra Petit e Joselina da Silva, tem uma dimensão maior do que poderíamos imaginar quando fizemos o primeiro Artefatos, que era uma semana de bancas de mestrados e doutoramentos. A nossas bancas de defesa de mestrados e doutoramentos no artefatos não existiu neste ano. A burocracia das nossas instituições não facilita estas realizações (Olha não pedimos dinheiro, apenas autorizações), e mesmo outra dificuldade, temos menos orientados concluindo devido a redução de vagas que tivemos no Programa de Pós-graduação em Educação da UFC.(já tive 12 a agora me obrigam a ficar com 8, quando estava na USP tinham em média 14. todos concluiam no tempo e com acompanhamento integral meu). O problema importante em relatar é os mestrados e doutoramentos foram o eixo do Artefatos no passado. Lembramos que no ano passado tivemos 3 bancas, sendo duas no Crato e uma em Bodoco. Lembrando para quem não lembra uma banca épica foi do doutoramento sobre a Feira de Bodoco-PE, defendido em Bodoco no dia da feira, com a banca indo a feira antes da defesa. Com a sala lotada pela família e pessoas amigas. Estou lembrando isto pois esta é uma ação de integração do nosso eixo de pesquisa com a população, com os sujeitos das teses e da sociedade, que não conta na avaliação da CAPES, mas que conta muitíssimo na abrangência do nosso dever e modo de fazer pesquisa colado na população.

Não falamos de populações negras, vivemos e integramos ao nosso fazer ciência em produzir conhecimento aos cotidianos da população por diversos fatores, sendo o Artefatos da Cultura Negra no Ceara uma parte da nossa avaliação própria do nosso compromisso social, e tenho a certeza, neste momento que estou pensado sobre os fatos desta semana, como agradecendo a todas as pessoas, que temos mais que uma nota 4, 5 ou 6 na CAPES, mas a prova que universidade pode ser pública, negra, popular , inovadora e de excelente qualidade. Isto realmente é mostra de excelências cientifica sem elitização da ciência. Repeito pois a maioria conhece apenas excelência cientifica com elitização, temos excelências negra cientifica, sem elitização branca da ciência, e com a participação indispensável de brancos cientistas preocupados com a mudança da nossa sociedade. Artefatos da Cultura Negra no Ceara, a nossa modesta magna contribuição esta dada, minha alegria e vaidade é esta, não outra. Não produzimos apenas lattes, produzimos ciência, cultura, conhecimento, produzimos alegria, produzimos emoções e propostas de mudanças sociais, praticando mudanças. (Publicado em seu perfil no Facebook).

O VIII Artefatos da Cultura Negra foi realizado entre os dias 25 e 30 de setembro, em Crato, Juazeiro e Brejo Santos.
Foto/ Reprodução/Página do Artefatos da Cultura Negra.

VIII Artefatos da Cultura Negra debaterá Educação, Justiça Social e Demandas Contemporâneas


 O trabalho com a história e cultura africana e afrodescendente tem apresentado novos desafios que se voltam para uma mudança de postura, para o questionamento dos paradigmas eurorreferenciados, para a construção de uma sociedade na qual seja possível o convívio positivo com a diversidade étnico-racial, e assim fazer valer a justiça de tratamento para tod@s”. E com essa definição que começa a apresentação no site da Universidade Regional do Cariri (URCA) da VIII edição do Artefatos da Cultura Negra 2017.

O Congresso Artefatos da Cultura Negra tem-se notabilizado a cada ano em um importante espaço de formação nas temáticas da Africanidade e Afrodescendência na região do Cariri cearense, se configurando como um possível caminho de enfrentamento às práticas e conceitos racistas historicamente construídos, uma vez que apresenta abordagens propositivas e potencializadoras de processos de empoderamento.

Ainda segundo o referido site, o evento tem estabelecido interlocução com as reivindicações de combate ao racismo institucional, de implementação de ações afirmativas para a população negra, dos processos de formação docente, das necessidades das universidades revisarem as bases epistêmicas dos seus currículos, dentre outros.

A finalidade com essa 8º Edição do Artefatos da Cultura Negra é fortalecer espaços de reflexão das principais demandas da população negra na contemporaneidade, bem como construir uma agenda propositiva que aponte caminhos para a superação das desigualdades e construção de uma realidade que positive a importância da África e do povo afrodescendente na construção da sociedade brasileira.

Assim, busca-se a tentativa de re-visitar o passado, olhar para o presente, para desenhar um futuro melhor para a população negra.

O Seminário ocorrerá de 25 a 30 de setembro de 2017 nas dependências da Universidade Regional do Cariri (URCA) e tem como tema central “Educação, Justiça Social e Demandas Contemporâneas”. O evento é uma realização do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER); Departamento de Educação / Universidade Regional do Cariri (URCA); Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC); Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira (UFC); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Campus Juazeiro do Norte) e Universidade Federal do Cariri (Pró-Reitoria de Cultura)