Mostrando postagens com marcador autoconhecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador autoconhecimento. Mostrar todas as postagens

Espetáculo do Pente: atrizes negras discutem preconceito e autoconhecimento



Em comemoração ao mês da Consciência Negra, o Grupo Teatral Embaraça faz circulação de seu primeiro espetáculo, Pentes, pelo Distrito Federal. Na peça, quatro atrizes apresentam cenas que compõem a “saga” de mulheres negras, da negação à afirmação de seus cabelos. O espetáculo tem estreia no Teatro Sesc Garagem, com sessões nos dias 7 de novembro (sábado), às 20h, e 8 de novembro (domingo), às 20h. Os ingressos para as apresentações custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).

A ideia para a montagem e a criação do grupo surgiu em 2012, em um projeto na Universidade de Brasília, de onde todas as integrantes do elenco eram alunas. Das primeiras apresentações em festivais universitários, o espetáculo cresceu em pesquisa sobre o tema étnico-racial e é apresentado em 2015 com elenco formado pelas atrizes Fernanda Jacob, Tuanny Araújo, Ana Paulo Monteiro e Elisa Carneiro.

O Grupo Embaraça assina a direção e o texto do espetáculo, com apoio dramatúrgico de Fabrícia Carvalho. As músicas de Pentes tem autoria do Grupo e da banda Protofonia – formada por André Chayb, André Gurgel e Janari Coelho – que toca durante todo o espetáculo. A montagem traz ações cênicas em caráter performativo e interações com a plateia, alternadas entre críticas e momentos lúdicos. Pentes se preocupa com a valorização da beleza negra, explorando histórias do cotidiano das atrizes e depoimentos pessoais para argumentar sobre identidade e identificação social.

Com inspiração nas poetizas e pensadoras contemporâneas Elisa Lucinda, Bell Hooks e Conceição Evaristo, e tendo outras referências do universo negro e até do movimento Black power, o texto é composto por grandes sutilezas que guiam as sensações de quem assiste à montagem, aliado à expressividade da banda Protofonia, que ajuda a criar momentos de diferentes intensidades dramáticas.

Toda a construção do espetáculo é focada em derrubar a imposição da estética branca como ideal de beleza e propor um diálogo em prol da aceitação da diversidade, no qual o cabelo crespo, que hoje ainda é considerado “ruim, feio ou duro”, passe a ser um cabelo como outro qualquer: bonito porque é diferente e singular.

Do Teatro Garagem, a peça segue para apresentações na faculdade IESB Oeste de Ceilândia (17 e 18 de novembro, às 19h e 11h, respectivamente), Espaço Semente do Gama (20 e 21 de novembro, às 20h), Teatro da Praça de Taguatinga (23 e 24 de novembro, às 20h), Casa do Cantador de Ceilândia (25 e 26 de novembro, às 20h) e Espaço Cultural Pé Direito da Vila Telebrasília (28 e 29 de novembro, às 20h). Com exceção das sessões em Ceilândia, que contam com entrada franca mediante confirmação prévia (vide serviço), as demais apresentações têm valor de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). A temporada é apresentada pelo Fundo de Apoio à Cultura do Governo de Brasília.