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Bolsonaro: Inimigo da Cultura

Bolsonaro. (FOTO |Reprodução).

Por Alexandre Lucas, Colunista

O último ataque do governo Bolsonaro ao setor cultural representou um golpe contra a Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2. As duas leis são resultado de uma ampla discussão nacional que envolveu trabalhadores e trabalhadoras da cultura, gestores públicos e parlamentares de diversas siglas partidárias.

Com características distintas, tendo em vista que a Lei Paulo Gustavo, tem caráter emergencial e já deveria ser executado esse ano e a Lei Aldir Blanc 2 tem uma dimensão permanente, a qual deve ser executada a partir de 2023.

Com a canetada golpe de Bolsonaro, através de Medida Provisória (MP) 1.135/2022, o repasse de recursos das duas leis foi adiado para 2023 e 2024, mudando inclusive o teor da lei.  A luta é para que a MP seja devolvida a Bolsonaro, o que exige uma ampla e imediata articulação dos movimentos culturais junto aos senadores e deputados.  Essa medida desrespeita uma conquista importante para a economia dos estados e municípios por meio do fomento cultural.

A Lei Paulo Gustavo sendo executada esse ano como estava previsto pode injetar ao setor cultural 3.862 bilhões através do repasse aos estados e municípios. Já a Lei Aldir Blanc prevê um repasse de 3 bilhões anuais durante cinco anos. Esses valores podem impulsionar em todo o país a economia da cultura e possibilitar que o Sistema Nacional de Cultura comece a se estruturar.  

No governo de Bolsonaro tivemos um processo contínuo de destruição das políticas públicas para a cultura no País. A extinção do Ministério da Cultura, desmonte e o desvio de função dos órgãos vinculados a Secretaria Especial da Cultura,  enterramento do Cultura Viva, semi-extinção das políticas de editais, negligência ao Sistema Nacional de Cultura e o  revezamento da incompetência do secretariado é o legado devastador desse governo que ostenta a marca da exclusão e do extermínio.

Esse é o momento propício para intensificar a luta contra esse governo declaradamente inimigo da cultura e da democracia.   A luta ultrapassa a derrubada da Medida Provisória que no momento já representa duas leis importantíssimas para o setor cultural do país.  

Reconquistar novamente a Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 faz parte da mesma agenda de reconstrução do projeto nacional de desenvolvimento econômico e social do país e ao mesmo tempo de condução da cultura para centralidade e a transversalidade da política de Estado. O que exige derrotar Bolsonaro e os partidos de sua base de sustentação.

Extinção, um exemplo bolsonarista na cultura

 

Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução/ Facebook).

Por Alexandre Lucas* 

Os movimentos sociais da cultura, em todo o país, estão vigilantes em relação, aos novos gestores municipais que apresentam como ataque a extinção ou agregação da pasta da cultura a outras pastas, menosprezando o potencial e a dimensão cultural para o desenvolvimento das cidades e do seu povo.

“Nada de realmente bom pode acontecer na pasta da Cultura sob Bolsonaro”, diz Haddad


(FOTO/ Reprodução/ SBT).

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi às redes sociais nesta quarta-feira (4) para criticar o governo de Jair Bolsonaro, especialmente suas ações na secretaria de Cultura. Para Haddad, apesar das recentes demissões de olavistas, “nada de bom” pode acontecer na pasta.

Perseguição à cultura por parte de Bolsonaro exclui do MEI profissionais da área da arte


Espetáculo Ciclocênico. (FOTO/ Julinho Bittencourt).

Perseguidas pelo governo de Jair Bolsonaro, várias profissões ligadas à produção cultural não poderão mais ser enquadradas como MEI (Microempreendedor Individual), a partir de janeiro de 2020.

A falta que a cultura faz




Os analistas políticos observam os fatos políticos tout court e têm enorme dificuldade em perceber sob os mesmos os fenômenos culturais. Como por exemplo a decisão de extinguir o Ministério da Cultura e a mesma ameaça feita a EBC pelo presidente eleito.

Talvez pelo vício de restringir a cultura às suas meras expressões artísticas, intelectuais, folclóricas ou de lazer. Ou às pautas dos suplementos de artes e espetáculos da grande mídia. Esquecendo-se de suas manifestações judiciais, morais, religiosas e ideológicas. E, no máximo, estabelecendo suas relações com a economia, irmã gêmea da política. Quando não insistem em diagnosticar e prever o desenrolar dos fatos políticos em comparação com fatos tidos como semelhantes e ocorridos em tempos passados.

Já os analistas e críticos culturais se obrigam à dura tarefa de estabelecer relações entre os mais variados campos da expressão cultural, incorporando para tal, os recursos conceituais da filosofia da arte e da cultura. Mas não têm a merecida visibilidade por parte da grande mídia dominada pelo imediatismo da cobertura política e econômica, quando não social e criminal.

É triste constatar que em termos de suplementos culturais lamentavelmente regredimos em face da importância que tiveram no passado, entre os anos 60 e 80, e a visibilidade que se prefere dar hoje em dia a meras manifestações da cultura de massa.

Para além da proposta de uma nova visão de nossa identidade, trata-se de uma estratégia de argumentação sobre a fadiga da República como nossa maior farsa “progressista”, ao mesmo tempo da descoberta desconcertante de nosso atávico conservadorismo, amor mesmo pelas nossas tradições.

Sobretudo pelo nosso gosto pelas torções, contorções e distorções barroquistas, pura cultura brasileira desastrosamente transbordada para a política, a justiça, a moral e os costumes, sem reconhecimento crítico, mas apenas tomada como nosso “jeito” (ou jeitinho?) de ser.

Tenho trabalhado nos últimos anos – sobretudo a partir das megamanifestações de 2013 de uma emergente classe de cidadania política – com a hipótese de esgotamento de nosso legado cultural barroquista e com a promessa, enfim, de inauguração de uma era iluminista de nossa cultura.

Nesse sentido, tenho defendido a tese de que talvez estejamos vivendo o momento histórico de superar definitivamente a hegemonia barroquista em que estamos enredados há quatro séculos. Mas talvez não estejamos percebendo.

Todavia, todo cuidado é pouco, pois se o iluminismo europeu, impregnado de romantismo, denunciou o esquerdismo como a doença infantil do comunismo, o nosso legado barroco, manco de Renascença e Iluminismo, só agora, depois de um século de defasagem e desastroso transbordamento cultural, está a denunciar nosso esquerdismo como a doença senil do barroquismo.

Nenhum de nossos maiores ficcionistas, sábios ou profetas poderia imaginar essa verdadeira reviravolta dada por nossa cultura política nos últimos anos. Chamaria mesmo de radical torção, um verdadeiro cavalo de pau de nosso legado contorcionista.

Mesmo os grandes intérpretes do Brasil – dentre os mais de 50 que inventariei em meu novo livro – denunciaram causas e fenômenos singulares de nossas raízes históricas e culturais, como o patrimonialismo e o corporativismo, o familismo e o cunhadismo, o coronelismo e o patriarcalismo, o fisiologismo e o bacharelismo.

Mas nenhum culminou no fenômeno mais abrangente, e causa última a meu ver, de todo o complexo cultural brasileiro como o barroquismo, do qual esses outros lhe seriam meros caudatários ou mesmo de incidência setorial nos âmbitos da vida social, familiar, artística, econômica, política ou moral, com suas características mais gerais de gosto pela retórica da farsa, do paradoxal, da ironia, alegoria, paródia e hipérbole.

Para além da proposta de uma nova visão de nossa identidade, trata-se de uma estratégia de argumentação sobre a fadiga da República como nossa maior farsa progressista, ao mesmo tempo da descoberta desconcertante de nosso atávico conservadorismo, amor mesmo pelas nossas tradições, e sobretudo nosso gosto pelas torções, contorções e distorções barroquistas. Nosso libidinal gozo com o arrocho das volutas da cultura nas fartas espirais da natureza.

Aliás, neste meu novo livro, faço um vasto inventário de nossos costumes barroquistas, em todos os campos da expressão cultural nacional para além das artes e das letras barrocas, e que podem ser simbolizados pelas figuras centrais das volutas e espirais barrocas, sobretudo como figuras de representação retórica do paradoxo, da farsa, da ironia e da hipérbole.

Redobradas e desdobradas volutas como formas de se ir para a direita pelo sentido da esquerda e para a esquerda pelo sentido da direita. Torções, retorções, contorções e distorções em campos tão insuspeitos como os registros históricos, os feitos empresariais, os processos judiciais, políticos, culturais e sobretudo morais.

Somos assim mesmo, o estilo da arte barroca do século XVI, sem a mediação e temperança da boa forma e da justa medida da Renascença que lhe antecedeu, nem tampouco da prudência e do equilíbrio da cultura iluminista que lhe sucedeu, desde o século XVII e XVIII, transbordou para todo o complexo cultural brasileiro, nossa chamada mentalidade barroquista, nosso apego à uma visão de mundo moldada em torções, contorções e distorções da realidade.

Enfim, nosso espírito hiperbólico, irônico, alegórico, paradoxal, parabólico, farsesco e burlesco, com que vemos, nos inserimos e tratamos tudo em nossa volta. E reviravoltas.

Meio a nosso barroquismo moral pleno de relativismo, os recursismos de nosso Judiciário plenos de atenuantes e agravantes e a farsa, para não dizer a burla, de nossa política que quer a todos enganar por todo o tempo, eis que um capitão imbuído dos valores da ordem, da disciplina e hierarquia aprendidos no Exército, se empenha em levar ao cenário central de nosso barroquismo político, o Congresso Nacional, o bom senso e a clareza do senso comum, tal qual a fábula O rei está nu, de Hans Christian Andersen.

Só não ouviram os que não quiseram ouvir a voz do capitão que representava a indignação de milhões de cidadãos desde as megamanifestações de 2013 em repúdio aos desmantelos e esbulhos de nossa cínica classe política.

A partir daí, tem sido definitivo o exercício de outro valor muito caro aos militares, a humildade de reconhecer seus próprios limites e se cercar dos melhores de cada área em que terão de atuar.

Assim, o capitão está a convocar os melhores da alta cultura brasileira para pôr em prática políticas públicas plenas de razoabilidade e efetividade, o que pode resultar numa oportunidade histórica de passarmos para uma era iluminista de afirmação do bom senso e do senso de proporção, de desapego, enfim, pelo adjetivismo, ornamentalismo e as desmesuras da vã retórica barroquista.

Para além de um novo governo, o que vemos no Brasil é um grande embate entre duas grandes tradições culturais do Ocidente, o iluminismo e o barroquismo em que temos vivido imersos todos esses séculos, por não conseguirmos reunir verdadeiras elites para empreender, enfim, a mudança do paradigma cultural da vã retórica populista para a ordem da razão no trato da coisa pública.

Nesse sentido, é um equívoco extinguir o equipamento público de maior garantia de transformação cultural contra a hegemonia da revolução cultural na área da mídia privada que teve vigência nos últimos governos petistas.

Para além do desaparelhamento esquerdista nas áreas da educação, da Justiça e das artes, se faz urgente não apenas um Ministério da Cultura, mas sobretudo uma rede de televisão pública. Assim como uma campanha pelo senso comum do cidadão comum.

Aliás, uma única rede pública não pesa no orçamento se for gerida harmônica e independentemente pelos três poderes da República, extinguindo-se esta jabuticaba barroquista de três redes para cada um dos três poderes chamarem de sua, e apenas fazerem propaganda corporativa de seus feitos, uma prova de quão desarmônicos e dependentes são de suas desmesuras.

Sobretudo uma única rede pública, como a BBC, mantida pela assinatura de seus usuários voluntários, os cidadãos, e os compulsórios, com parte ínfima do orçamento publicitário astronômico que empresas e autarquias federais destinam às redes privadas de conteúdo duvidoso.

Manter uma única rede de televisão pública até mesmo como reguladora da pluralidade cultural, ideológica e doutrinária e na conservação de nossas tradições e costumes, que deveria haver na mídia privada, mas não há, é uma oportunidade única de garantir a restauração dos valores morais da tradição ocidental judaico-cristã anunciada pelos ministérios da Educação e Relações Exteriores, uma vez que é a cultura a determinante estratégica do próprio sucesso das políticas econômicas e sociais a serem implementadas. (Por Jorge Maranhão, no Congresso em Foco).


“Com esses ministros, é preferível que cultura não tenha ministério”, diz Chico Buarque




"Com esses ministros, é preferível que Cultura não tenha ministério", avalia o cantor Chico Buarque.

"Só posso dizer o seguinte: em vista da qualidade dos ministros deste Governo, acho que é preferível que a cultura não tenha ministério", diz ao jornal El País. Nem todos concordam que as mudanças promovidas pela extrema direita causarão riscos à cultura brasileira.

O presidente Jair Bolsonaro só começou fazer referências diretas à cultura durante a campanha após um incêndio destruir completamente o Museu Nacional em setembro. Ele prometeu eliminar o Ministério da Cultura e concentrar as políticas do setor em uma secretaria específica como parte de seu plano de encolher a Administração pública e economizar. A Cultura está acomodada no mesmo ministério que o Esporte e a Cidadania.

O presidente da Ancine (órgão público que regula e promove o cinema), Christian de Castro, também afirma que o setor não sofrerá impacto algum, que a produção está amparada por uma legislação que existe há 20 anos. Mas ela enfatiza que a liberdade criativa é necessária para fazer filmes e vendê-los. "Sempre que há censura, perdemos dinheiro", diz. O cinema brasileiro movimentou mais de 2,7 bilhões de reais em 2017. (Com informações do 247).

ALB/Araripe descerra placa em fachada original em residência histórica de Potengi



Descerramento da Placa da Fachada Histórica
em Potengi. (Foto: Divulgação).
Em sessão solene da Academia de Letras do Brasil, seccional Araripe – Ce, realizada na tarde do último domingo, 30, houve o descerramento da placa Fachada Original da casa da Senhora Margarida Guedes à Rua Francisco Guedes, nº 313 no município de Potengi, na região do cariri.

A ação é fruto de um decreto presidencial da seccional da ALB, Adriano Sousa, datada do último dia 16 de dezembro em que dispõe sobre “o reconhecimento histórico de Casarões Centenários e Fachadas do Centro Histórico dos municípios”. A ideia é condecorar por meio de diplomas e placa de mérito de conservação históricos para estes patrimônios culturais e históricos.

Segundo informações do blog Ubuntu Noticias, os acadêmicos José Saymon Pereira Rodrigues e Maria do Socorro Guedes Venâncio do município de Potengi começaram as pesquisas a partir do decreto.

Foi das mãos do acadêmico José Evantuil de Sousa, da Comissão de Conservação Histórica da ALB/Araripe-CE que Dona Margarida Guedes recebeu o Diploma Fachada Original que reconhece através da referida academia, a preservação arquitetônica característica da memória e do povo do município de Potengi-CE.

Ainda segundo o blog, o Presidente da Academia, Adriano de Sousa, informou que a instituição entra em recesso e retorna normalmente às suas atividades no dia 15 de janeiro de 2019.


Dona Margarida recebendo o diploma. (Foto: Divulgação).


Futuro ministro da fazenda de Bolsonaro quer fim investimento em cultura pelo Sesc


Paulo Guedes quer fim do investimento em cultura pelo Sesc. (Foto: Divulgação).

Um dos maiores apoiadores de iniciativas culturais poderá deixar de existir como conhecemos hoje. Segundo o colunista d’O Globo Lauro Jardim, “o Sistema S como funciona hoje está com os dias contados a partir da posse de Paulo Guedes no Ministério da Fazenda”.

De acordo com o jornalista, Sebrae, Sesc, Sesi, Senai e outros serão profundamente reformulados. “Entre as mudanças previstas está o fim de patrocínios que nada tenham a ver com a formação e capacitação de trabalhadores.”

Atualmente o Sesc tem uma forte atuação na promoção da cultura, com extensa programação de shows, exibição de filmes, mostras, teatro, dança, oficinas, entre outras atividades, em suas unidades presentes em diversas cidades do país.

Além de retirar a cultura do Sistema S, Bolsonaro defendeu a extinção do Ministério da Cultura durante sua campanha à Presidência.

A Frente Parlamentar Evangélica, também conhecida como bancada evangélica, elaborou um “manifesto à nação” com uma série de propostas na última semana. Os 180 parlamentares da frente defendem o fim do Ministério da Cultura, que seria incorporado ao da Educação (Com informações da Revista Fórum).


Suicídio já é considerado uma epidemia: 11 Milhões de Brasileiros sofrem com depressão


Suicídio já é considerado uma epidemia. (Foto: Reprodução/Portal Raízes).

 É como se os suicídios se tornassem invisíveis, por serem um tabu sobre o qual mantemos silêncio. Os homicídios são uma epidemia. Mas os suicídios também merecem atenção porque alertam para um sofrimento imenso, que faz o jovem tirar a própria vida”, alerta Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

Criador do Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz destaca que o suicídio também cresce no conjunto da população brasileira. A taxa aumentou 60% desde 1980. O Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2017 – em média, um caso a cada 46 minutos. Nos últimos 5 anos, 48.204 pessoas tentaram suicídio, segundo registros de entradas em hospitais, mas isto é um ‘subdiagnóstico’, estima-se que esse número é muito maior. Dados oferecidos pela diretora da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho. Em números absolutos, porém, o Brasil de dimensões continentais ganha visibilidade nos relatórios: é o oitavo país com maior número de suicídios no mundo, segundo ranking divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2014. (Fonte – BBC).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda causa de mortes entre jovens entre 15 e 29 e já é considerado uma epidemia. As meninas são as que mais tentam. Os meninos são os que mais conseguem. Por isso o índice de suicídio é maior do que entre os homens.

A saúde mental do Brasil está péssima. Cerca de 11 milhões de pessoas foram diagnósticas com depressão, quase 6% da população. É o número 1 com maior prevalência da doença na América Latina, o 2 nas Américas, ficando atrás apenas dos estados unidos. A saúde mental precisa urgentemente ser reconhecida como umas das prioridades nas políticas públicas. Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio está caindo em consequência um amplo programa de tratamento de depressão. Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. A indiferença, a omissão, o silêncio, não podem ser nossas respostas. Fazer nada é a pior decisão que podemos tomar sobre qualquer assunto.

Mais de 50% dos adolescentes trans tentam o suicídio

Nós que trabalhamos com prevenção ao suicídio estamos muito preocupados com a disseminação do ódio às minorias. Mais de 50% dos adolescentes trans tentam o suicídio, indica estudo feito ao longo de três anos pelo professor Russell B. Toomey, da Universidade do Arizona-Tucson (EUA). 51% dos adolescentes que se identificaram como transgênero relataram pelo menos uma tentativa de suicídio. O psicólogo Tiago Zortea – Suicidologista – atualmente uma das referências internacionais em Prevenção ao suicídio, afirma que “as experiências de estigma e discriminação vividas pelas pessoas da comunidade LGBT se mostraram significativamente associadas a todos os três aspectos da tendência suicida [tentativa de suicídio passada, ideação suicida no presente, e probabilidade de recorrência de tentativa de suicídio no futuro]. Tais experiências incluíram fatores de estigma na escola (por exemplo, professores não se manifestando contra o preconceito, lições negativas sobre minorias sexuais), reações negativas de familiares e amigos quanto ao processo de revelarem-se LGBT, e assédio ou experiências criminosas especificamente voltadas à comunidade LGBT [homofobia ou LGBT-fobia]. Outros fatores como ser bissexual, não se sentir aceito onde se vive, fazer parte de uma minoria sexual mais jovem, e a autorevelar-se LGBT também se mostraram associados à tendência suicida. Fatores não-LGBT também significativos neste estudo incluíram gênero feminino (ser ou identificar-se como mulher – [sexismo]), apoio social reduzido, ansiedade / depressão, busca de ajuda, experiências de abuso / violência e abuso sexual”.

E se o porte de armas fosse liberado no Brasil?

De acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras drogas. No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do suicídio, com o agravo da passagem do tempo e do aumento populacional. E se o porte de armas fosse liberado no Brasil, teríamos mais suicídios, mais mortes por acidente e, consequentemente, menos segurança pública. Nos EUA, a maioria das mortes por armas de fogo acontece dessa forma – incríveis 64,2% dos 37.200 óbitos em 2016. No Brasil, essa porcentagem é de 4%, ou 1.728 mortes. Se os mesmos 4% da população do Brasil andasse armada (o que representaria 6 milhões de novas armas em circulação), o total de pessoas que tiram a própria vida todo ano, proporcionalmente, passaria dos 16 mil. É como se 7 Boeings lotados caíssem todo mês. Estes dados foram analisado por Thomas V. ­Conti, pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Entre 2013 e 2017, ele traduziu 48 resumos de pesquisas sobre armamentos para cravar: 90% delas são taxativas ao dizer que um maior número de armas aumenta o número de crimes letais e suicídios. (Fonte: Super Interessante)

Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. “Nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas que precisam de ajuda dependem da visibilidade”, fala do psiquiatra Humberto Corrêa no artigo ‘Suicídio aumenta no Brasil, mas isso poderia ser evitado’ – publicado na revista Planeta (edição 421, Outubro de 2007).

(Excerto de “Jovem, não morra na Golden Gate”, artigo (prelo) de pesquisas teóricas e de campo, da romancista e psicopedagoga Clara Dawn, que tem se dedicado ao assunto desde 2014). (Com informações do Portal Raízez).

Fóssil de dinossauro encontrado em Santana do Cariri está entre material destruído em incêndio no Museu Nacional


Réplica de Fóssil raro de dinossauro da espécie Santanaraptor Placidus, encontrado em Santana do Cariri em exposição no Museu Nacional. (Foto: Y. Félix/Arquivo Pessoal).

Um fóssil raro de dinossauro da espécie Santanaraptor Placidus, encontrado em Santana do Cariri, no Ceará, e outro de crocodilo, descoberto na Bacia do Araripe, estão entre os materiais do Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca) que estavam emprestados ao Museu Nacional, e podem ter sido destruídos pelo fogo que tomou o antigo palácio da família real, neste domingo (2).

Um incêndio de grandes proporções destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. O fogo começou por volta das 19h30 deste domingo (2) e foi controlado no fim da madrugada desta segunda-feira (3). Mas pequenos focos de fogo seguiam queimando partes das instalações da instituição que completou 200 anos em 2018 e já foi residência de um rei e dois imperadores.

De acordo com o paleontólogo e professor da Urca, Álamo Feitosa, dezenas de materiais que pertenciam ao Museu de Paleontologia estavam emprestados ao Museu Nacional, para contribuir em pesquisas de mestrado, doutorado e pós. Além dos fósseis, peças de aranhas, escorpiões e plantas. Alguns eram descobertas em fase final de estudos, ainda sem publicação científica.

É comum a gente ceder material pros alunos, é uma cooperação. O empréstimo ocorre dentro de instituições parceiras, o Museu Nacional era meio nosso irmão mais velho, era uma relação muito boa de trabalho, de pesquisa”, explica o professor.

O material estava no Rio de Janeiro há mais ou menos um ano, com exceção do Santanaraptor Placidus, mas já estava retornando para que os trabalhos fossem enviados para publicação, segundo Feitosa.

Pesquisador da Urca, Y. Félix afirma que a espécie de dinossauro encontrada aqui é uma das descobertas mais importantes do país. "Foram encontrados tecidos moles fossilizados, músculos preservados. Talvez seja um dos mais bem preservados do mundo", reforça.

O nome Santanaraptor Placidus foi dado em homenagem ao nome da cidade onde o fóssil foi descoberto, à atividade predatória do animal (um raptor, ou caçador) e ao professor Plácido Cidade Nuvens, ex-reitor da Urca. (Com informações do G1).

Dois séculos de História e Memória se foram....


Incêndio no Museu Nacional destrói cerca de 20 milhões de peças. (Foto: Agência Brasil).

Dois de setembro de 2018 entrará para a História como um dia em que parte desta foi apagada. Como professor de História, assisti aquele incêndio tomado por forte angústia. Foi desolador.

A sensação de impotência foi tão grande quanto a de ver um amigo, uma amiga ou parente partir sem nada poder fazer para evitar. Ver duzentos anos de História e Memória sumirem sem deixar rastros é algo que desanima qualquer pessoa, imagina quem dedicou e dedica sua vida a estudar, analisar e refletir sobre as mudanças, as rupturas e as permanências na História pela História. Qualquer profissional da área que se prese já visitou e levou consigo seus estudantes para museus, pois são espaços de historicidades.

Museus são espaços de infinitas possibilidades; são, outrossim, lugares de afeto, de desvelamento de desigualdades e de afirmação de poder, de memória. Museus são, portanto, sinônimo de História. A destruição de ontem foi uma perda irreparável porque com ela, gerações futuras terão negado o direito de ver e conhecer parte do passado.

Levantamentos expõem que foram 20 milhões de peças e documentos destruídos. O Museu Nacional era o quinto maior do mundo em acervo. Parte relevante da história da humanidade se encontrava ali. Cito o fóssil de Luzia, a mulher mais antiga do continente americano com cerca de 11 mil anos. Então não foi só um prédio destruído; foram dois séculos de história que desapareceram e terão consequências desastrosas para as pesquisas e para pesquisadores/as.

O incêndio foi só uma ponta no iceberg em um país que governantes não possuem nenhum apego pela história e pela memória. A ausência de investimentos em educação, cultura e em patrimônio público revela o quanto nosso país relega o conhecimento histórico e despreza espaços que o revelam/desvelam. Afinal de contas, o Museu Nacional já vinha sofrendo com esse descaso. Primeiro foram os cortes de gastos fruto de medidas de um governo sem legitimidade e sem nenhum preparo para a gerência dos recursos públicos, como a desagradável PEC do Teto dos Gastos Públicos congelando investimentos em áreas como educação e cultura. Em decorrência disso, veio a suspensão das visitas ao público. Recentemente, apenas 1% dos acervos estava disponível para visitação.

Faltam-me palavras para expressar tamanho desolamento; tamanha tristeza. As crianças, os adolescentes e os jovens infelizmente não terão mais a oportunidade de conhecer e admirar aquelas tão raras obras; Pesquisas em andamento não serão concluídas e a nossa relação passado-presente ficou seriamente comprometida. Mas isso não me surpreende, pois estamos em um país que não valoriza o passado, muitas vezes até desconhece e não são raros os casos que o negam. O Brasil nem teve ditadura civil-militar. Os Africanos e indígenas nem foram escravizados. São só alguns exemplos desses emaranhados de pessoas despossuídas de historicidade. Vivemos em uma nação que tem medo da História. Então, é preferível apaga-la.

___________________________________________________________________________Artigo escrito por este professor e blogueiro para publicação no Jornal da Confraria, Edição de Segunda-feira, 03 de setembro de 2018.


Museu da Memória Histórica Santanense: Um passeio pela histórica política, cultural e educacional de Santana do Cariri



Nicolau Neto durante vista ao Museu da Memória Histórica
Santanense, sendo recepcionado por Sandro Cidrão.

Inaugurado em 25 de novembro de 2014, O Museu da Memória Histórica Santanense se configura como mais um espaço dedicado a preservação de objetos de caráter histórico de Santana do Cariri, município localizado na Região Metropolitana do Cariri e de pouco mais de 17.000 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Museu que foi idealizado pelo professor Raimundo Sandro Cidrão, graduado em Letras pela Universidade Regional do Cariri (URCA), reforça uma das principais características do município centenário, uma cidade histórica no sentido literal do termo. Poucas da região tem espaços como o que se encontra em Santana dedicados a não deixar morrer a história, muitas destas presentes em um rico e diversificado acervo, que perpassa pela iconografia, uma pinacoteca, vestimentas usadas pelo Padre Cristino Coelho, móveis e utensílios de cozinhas que retratam o cotidiano de pessoas de anos não tão distantes, além cadeiras escolares antigas e documentação que remontam ao século XIX – época em que o município ainda tinha a denominação de Santana do Brejo Grande.

Ainda consta do acervo histórico recortes de antigos jornais da municipalidade, arte sacra, álbuns e documentos da primeira professora de Santana e construtora da primeira biblioteca. O mais recente documento a incorporar o museu, que o professor Sandro chamou de “relíquia histórica”, é o Inquérito Policial do crime praticado por Raul Alves contra Benigna Cardoso, datado de 1941. Segundo Sandro, a concessão veio do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Benigna passou a ser um dos principais símbolos religiosos de Santana.

Inquérito Policial da Morte de Benigna. (Foto: Divulgação).

Este professor e signatário fez uma visita na última terça-feira, 28, ao espaço. Fui recebido pelo próprio Sandro que contou como surgiu a ideia de construir o museu. “A criação do museu partiu da necessidade de preservar a memória e a história do município e da região, levando-se em conta o vasto acervo que consegui ao longo de minha vida”, disse. O objetivo, segundo ele, é proporcionar a comunidade o acesso a bens culturais em vários campos. “Iconografia, arte sacra, coleções, imagem e som, arte plástica, dentre outros”, nomeou.

Localização e Horários de Visitas

O Museu da Memória Histórica Santanense divide a atenção dos munícipes com o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (criado em 1985) e com o Casarão do Coronel Felinto (datado do século XIX, mas sua inauguração se deu em 1911).

Para os que desejarem conhecer o espaço, ele fica localizado à Rua Duque de Caxias, 420. Está aberto a visita de segunda a sábado, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.

Mais de mil e quinhentas pessoas já direcionaram seus olhares ao museu, entre estudantes, professores e turistas, relatou Sandro.


ALB/Seccional Araripe promove cerimônia de preito de gratidão aos novos patronos


Acadêmicos e acadêmicas da Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe durante cerimônia de entrega do preito de gratidão aos novos patronos. (Foto: Aristóteles Alencar).

Patronos são os exemplos que devemos seguir em honradez, simplicidades e serviço prestado para o desenvolvimento histórico-cultural”, foi com essa assertiva que a Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe promoveu na noite desta sexta-feira, 24, no município de Araripe, a cerimônia visando entregar preitos de gratidão a familiares dos mais novos patronos da entidade.

O evento foi marcado por uma celebração eucarística realizada pelo pároco Vileci e prosseguiu com a entrega do preito pelo então acadêmico e presidente da seccional, Francisco Adriano. Dentre eles, elenca-se o poeta altaneirense Antônio Rodrigues (Ribuliço), patrono da professora Socorro Lino, o folclorista e um dos principais representantes da cultura popular de Altaneira a partir da Banda Cabaçal, João Sabino Dantas, que figurou no imaginário do município como João Zuba, representado por este professor e blogueiro e a professora e artesã Maria Constância da França Muniz, representada pela professora e blogueira Lucélia Muniz.

Todos os demais patronos que compõem hoje a academia foram lembrados, a saber: Fausta Venâncio David (Professora), Noemi de Alencar Arraes (Escritora), José Pereira de Lima (Político), Elói Francisco da Silva (Empresário), Raimundo Araújo Silva (Padre), Antônio Nunes Alencar (Homem Público), Manuel Januário do Nascimento (Latifundiário), Feliciano Ferreira da Silva (Latifundiário), Higino Teles de Menezes (Latifundiário), Generosa Amélia da Cruz (Política), Miguel Dalmir Rodrigues (Músico), José Oêmio Timotio de Arruda (Técnico Agrícola), Manuel Vieira de Albuquerque (Comerciante),  José Freire de Gusmão (Militar), Maria Emília de Alencar Barbosa (Professora), Antônio Paulino de Lima (Sapateiro), Antônio José de Lira (Construtor), Euclides Guedes Rodrigues (Dentista), Antônio Alves Cavalcante (Político), José Júnior Leite, Antônio Girão Barroso (Poeta e Escritor),  Alexandre (Enfermeiro Prático),  Ezequiel Pereira de Amorim, Antônio Mendes Amorim, José Alves Batista (Político), Theodolina Rodrigues (Professora), Alexandre Alexandrino de Alencar (Político), Luiz Otacílio Rodrigues (Pecuarista), Maria Vera Lúcia Rodrigues de Alencar (Funcionária Pública),  Maria Luiza Leite (Professora) e Antônia Rosa Ribeiro.

Nicolau Neto recebendo o preito de gratidão das mãos do presidente da ALB/Araripe, Francisco Adriano.

Mais de 20 acadêmicos, entre novatos e veteranos, acompanhados de familiares dos patronos participaram do momento. Adriano afirmou que se sentiu muito feliz com a cerimônia. “Caríssimos acadêmicos, estou felicíssimo com tanta festa, com tantas homenagens, com tudo... Muito obrigado. Felicidades a todos. Meus agradecimentos”, disse. Segundo ele, a posse está marcada para outubro.

Sandro e Nicolau. (Foto: Arlindo)
A Academia de Letras do Brasil (ALB) se configura como uma entidade nacional e que está presente em 80% do território brasileiro e com atuação fora do país. No Ceará, ela chegou em 02 de julho de 2016 e já conseguiu empossar 55 (cinquenta e cinco) membros fundadores efetivos e vitalício.

No município de Araripe, a Seccional foi instalada no dia 27 de outubro de 2017 e representa ainda as cidades de Altaneira, Campos Sales, Potengi, Salitre e Santana do Cariri.

O professor santanense e acadêmico Raimundo Sandro Cidrão que esteve presente no evento, usou a rede social facebook para desejar boas-vindas a este signatário. “Meu caro aluno Nicolau, agora vendo-o membro da ALB/ARARIPE-CE, cresce minha admiração por você, e alegra-me sobremaneira, pelos frutos profícuos que seu trabalho, com certeza trará, para nossos pares nessa confraria. Seja bem- vindo!”, disse.

Este professor, palestrante, blogueiro e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras ocupará a cadeira de número 33. 

Abaixo outras fotos:

Lucélia Muniz e Nicolau Neto. (Foto: Aristóteles Alencar).

Arlindo e Nicolau Neto. (Foto: Sandro Cidrão).

Arlindo, Nicolau e Sandra Agra. (Foto: Sandro Cidrão).
Nicolau Neto, Francisco Adriano e Sandro Cidrão.


Depois de 10 meses, Jornal da Confraria volta a funcionar


Depois de 10 meses, Jornal da Confraria volta a funcionar. (Foto: Reprodução/Jornal da Confraria).

Quatro anos presenteando os amantes e as amantes da leitura com poesias, reflexões sobre cotidiano, textos de cunho histórico e de repente, cessou. Foram longos 10 (dez) meses sem que se falasse sobre o Jornal da Confraria.

Com sede no município de Araripe e editado pelo escritor e presidente da Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe-CE, Adriano de Sousa, “o Jornal da Confraria pede para voltar”, disse ele no editorial de abertura na última quarta-feira, 01 de agosto.

Segundo Adriano, “o povo tem que ler. E por isso não se diz isso na grande mídia. É na leitura que podemos encontrar remédio para mudar o mundo, se é que isso ainda é possível. Nesse caso, falo do mundo Brasil”. Ele reforça que “ o mundo não lê mais.... O escritor não publica mais. Ninguém lê mais nada, e por isso não escreve” e complementa “que triste verdade”.

O Jornal da Confraria voltou. Não dará jeito ao Brasil, mas estará sempre contra qualquer manifestação de injustiça social e propaganda contra o Brasil. Como se vê diuturnamente na grande mídia corrompida e corruptora”, destacou.

A edição de abertura impressa - do ano IV e Nº 141 -, teve distribuição gratuita e contou ainda com a reflexão “Lema da Vida: Reciprocidade”, da professora Geórgia Reis (Crato), o texto “É Assim Que Se Pensa! Educação, Cultura e Adversidades”, do escritor Raimundo Sandro Cidrão (Santana do Cariri), de um soneto intitulado “Noite Linda”, do escritor José Roberto de Morais Silva (Araripe), e uma crônica com o título “Ódio Zero”, do cronista Ademar Rafael (João Pessoas – PB).

Abaixo o Editorial:

“O Jornal da Confraria pede para voltar. Mas como pede? Jornal não fala! Engana-se quem pensa assim! Se ainda estamos sobrevivendo, devemos muito a imprensa séria e que torna o mundo possível de se viver.
O mundo não lê mais. Que triste verdade! Escritor não publica mais. Ninguém lê mais nada, e por isso também não escreve.
Ficamos 10 meses sem o Jornal da Confraria e alguns dos seus colaboradores não escreveram quase nada nesse período.
O Jornal da Confraria foi, por algum tempo, a única fonte de leitura de alguns e a inspiração para a escrita de outros. Por tudo isso, é hora de voltar.
Ninguém quer mais ouvir rádio porque acredita-se que já foi superado pela TV. A TV só mostra a mesma coisa em todos os canais; mortes, assaltos, roubos, corrupção, etc. há quem diga: mas é só nos programas policiais.... e eu revido: e o que é que não é programa policial ta TV brasileira? Meus Deus!!! Aonde vamos parar?
No canal que tem novelas, única coisa que salva o canal, entre uma novela e outra, há um jornal que não conhece outra notícia senão LAVA JATO. Nunca se lavou tanto no Brasil. Lava-se dinheiro e políticos; lava-se a consciência dos menos instruídos e a memória de todo mundo. Como resultado final temos a prova de que não são os brasileiros, mas a mídia, quem elege os governantes.
O povo tem que ler. E por isso não se diz isso na grande mídia. É na leitura que podemos encontrar remédio para mudar o mundo, se é que isso ainda é possível. Nesse caso, falo do mundo Brasil.
O Jornal da Confraria voltou. Não dará jeito ao Brasil, mas estará sempre contra qualquer manifestação de injustiça social e propaganda contra o Brasil. Como se vê diuturnamente na grande mídia corrompida e corruptora.
Jornal sem financiadores para dizer o que bem entender.
Eis aqui a oportunidade de levar leitura de qualidade aos alfabetizados que não se deslocam até as bibliotecas que, diga-se de passagem, funcionam muito mal. Ao mesmo tempo em que oportuniza aos que se disserem escritores.
Pois bem! A inquietação do escritor é criar um mundo em que seja possível a vida. Fica aqui a oportunidade de tentarmos criar esse mundo possível. Quem me acompanha?”.


Frame Produções Photo and Film, em Nova Olinda, completa 4 anos



A Frame Produções Photo and Film, com sede no município de Nova Olinda, faz nesta segunda-feira, 30, 4 (quatro) anos de atuação na área da a fotografia, filmagens, mensagens, elaboração de matérias, produção audiovisual, marketing digital e criação de artes gráficas em geral.

A Frame nasceu da parceria entre a professora Lucélia Muniz e Aristóteles Alencar em 30 de Julho de 2014 com a finalidade de proporcionar às pessoas um trabalho eficiente e de qualidade.

Nestes quatro anos de trabalho compartilhamos registros que nos alegram em ser também parte de momentos únicos na vida das pessoas – afinal o tempo não nos permite voltar atrás para casar com a mesma pessoa ou batizar uma criança com a mesma idade. Daí eternizamos estas memórias para você em filmagens ou fotos. Você pode até gastar com ornamentação, buffet, mas o que fica de fato são os registros destes momentos”, disse Lucélia em seu blog.

Equipe da Frame Produções.
(Foto: Blog Ubuntu Notícias)
A professora lembrou que a Frame já realizou muitas cerimônias religiosas, especificamente laços matrimoniais. “Foram casamentos, bodas, mostrando que muitos casais conseguem provar o quanto o amor é porto seguro. Muitos casais já disseram SIM diante de nossas câmeras. Independente de religião, respeitamos todas as formas de manifestações religiosas e, registramos muitos eventos religiosos”, pontuou.

Há espaços também para registros de eventos ligados à área educacional. “Entre eventos institucionais/educacionais e exposições tivemos em nossa agenda muitos eventos, a exemplo de ensaios externos, em estúdio e formaturas”, destacou ela.

Nesse tipo de empreendimento não pode faltar o trabalho de divulgação. “Através do marketing digital firmamos parcerias e temos o maior prazer em divulgar empresas que fazem um trabalho brilhante e empreendedor em nosso município e até mesmo em outras regiões”, argumentou.

Além de Lucélia e Aristóteles, a Frame é composta por mais quatro integrantes. Janiel Rodrigues, Débora Souza, Jaiane Brito e Aylson Messias. “Nesta data tão especial, não poderíamos jamais nos esquecer de parabenizar VOCÊ que torna possível a realização deste sonho! Nossa Gratidão”, acrescentou Lucélia.