Um
dos assuntos mais propagados dos últimos meses em Altaneira tem sido, não sem
razão, a possibilidade da mudança do dia da feira municipal do domingo, como
vem ocorrendo tradicionalmente, para o sábado. Uma ideia lançada e levada a
sério por um grupo de comerciantes liderados por Luís Pedro, João da Máquina e
Júnior Arrais que chegaram, inclusive, a fecharem seus estabelecimentos aos
domingos como uma forma de perceber a reação da comunidade a respeito.
Luís
Pedro ainda no mês de março conversou com o Informações em Foco e chegou a
afirmar que de todos os comerciantes, apenas Roso Bitu, decidiu manter seu
ponto aberto. Mas, percebeu-se, em andanças pela feira que, essa forma, desde o
início, não vingou. Uma vez que nem todos os donos de pontos comerciais
decidiram acatar a decisão tomada pelos líderes.
Os
vereadores chegaram a recebê-los e a grande maioria já tinha se posicionado a
favor da mudança ao se utilizarem dos argumentos dos líderes do movimento. Eles
afirmaram ainda que há tempos não se tem feira neste município e que os donos
dos estabelecimentos necessitam ter, como qualquer outro trabalhador, um dia de
folga para usufruírem de lazer.
Recuo
Diante
dos artigos já escrito por este signatário argumentando que a decisão não pode
ser fruto de uma legislação por parte dos parlamentares e, ou do executivo sem
que a comunidade seja ouvida, os vereadores recuaram e passaram a perceber a
necessidade da realização de uma audiência pública e recentemente foi lido em
plenário um Projeto de Lei de autoria do Vereador Antonio Leite (Pros) que visa
dar a população o direito de decidir, por meio de um plebiscito, se querem ou não
essa mudança. No sábado, 26, durante a exibição do programa Juventude em Debate
na Rádio Altaneira FM, Cláudio Gonçalves e Givanildo Gonçalves, membros da
direção da emissora, divulgaram uma pesquisa em que 85,6% dos altaneirenses
querem que a feira continue aos domingos.
Neste
domingo, 27/04, o Informações em Foco realizou mais uma vez um diagnóstico para
perceber em que pé estava a proposta do fechamento dos comércios. No quarteirão
composto pelas ruas Deputado Furtado Leite, José Rufino de Oliveira, Padre
Agamenon Coelho e Joaquim Soares da Silva, espaço onde há o maior fluxo de
mercadorias e um maior número de estabelecimentos, foi constatado que apenas a
“Via Center” (na Rua Joaquim Soares), do proprietário Júnior Arrais, se
encontrava fechada. Ao passo que a “Mercearia do João da Máquina”, um dos
organizadores do “movimento pró-mudança” estava aberta.