Uma
nova etapa do golpe de 2016, que afastou a presidente Dilma Rousseff sem crime
de responsabilidade e instalou Michel Temer no poder, pode estar sendo urdida.
Indicado
para o Supremo Tribunal Federal por Temer, o ministro Alexandre de Moraes
pretende colocar em pauta a ação que permite ao Congresso Nacional votar a
emenda parlamentarista, que já foi rejeitada pela população brasileira em
plebiscito.
O
parlamentarismo seria uma saída para a direita brasileira, que é incapaz de
produzir um candidato capaz de rivalizar com o ex-presidente Lula – e
transferiria o poder para o Congresso mais corrupto da história do Brasil.
De
acordo com a mais recente pesquisa Vox Populi, Lula tem 42% contra 34% de todos
os adversários e venceria em primeiro turno.
Agora ou nunca. A
última porta para instalação de um regime semipresidencialista no país foi
aberta. Na última terça (14), o ministro Alexandre de Moraes pediu a inclusão
na pauta de julgamentos do Supremo de uma ação que questiona se o Congresso
poderia mudar o sistema de governo mesmo após a rejeição do parlamentarismo no
plebiscito de 1993. Se o tribunal entender que sim, abre-se uma brecha para a
articulação que o presidente Michel Temer gesta há meses com seus aliados.
A origem.
O mandado de segurança que trata do assunto está na corte desde 1997 e foi
proposto por partidos que questionaram tentativa de aprovar uma emenda
constitucional que instituísse o parlamentarismo depois da rejeição do regime
por uma consulta popular.
Sem saída.
Se o STF decidir que a articulação de uma emenda contraria a Constituição,
qualquer iniciativa desse tipo terá que ser descartada. Temer tem consultado
aliados no Congresso sobre o assunto e discutiu a mudança do sistema de governo
com o ministro Gilmar Mendes. (Com informações do Painel/ 247).
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