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Hoje na História | Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

 

Por Nicolau Neto, editor

A data foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) e foi motivado em face do “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de 1960.

É importante lembrar que neste dia mais de 20 mil pessoas foram às ruas de Joanesburgo, na África do Sul, protestar contra a "Lei do Passe". Por esta lei, negros e negras eram obrigados a andarem com identificação que limitavam os locais por onde deveriam ir dentro da cidade. O regime do Apartheid do período fez com que militares atacassem os manifestantes. O ato resultou em 69 pessoas mortas e cerca de outras 100 ficaram feridas.

Desta forma, em em memória dessas pessoas, a ONU instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional contra a Discriminação Racial.

Há 61 anos 20 mil negros protestavam contra a lei do passe

 

Há 61 anos 20 mil negros protestavam contra a lei do passe. (FOTO/ Bailey's African History Archives)

Por Nicolau Neto, editor

Há 61 anos ocorria o massacre do bairro de Sharpeville durante o regime do apartheid, na província de Gauteng, na África do Sul.

21 de março: Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Caminhos para combater o racismo no Brasil



A criação deste dia, feito proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi motivado em memória ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de 1960.

Nesta data, aproximadamente vinte mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, em Joanesburgo, na África do Sul. Esta lei obrigava os negros a andarem com identificações que limitavam os locais por onde poderiam circular dentro da cidade.

Tropas militares do Apartheid atacaram os manifestantes e mataram 69 pessoas, além de ferir uma centena de outras.

Em homenagem à luta e à memória desses manifestantes, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial é comemorado em 21 de março.

Leia, a seguir, um texto dissertativo-argumentativo que trata do Combate ao Racismo.

Caminhos para combater o racismo no Brasil

O racismo no Brasil é algo pertinente desde o período colonial, no qual os portugueses achavam que a cor da pele determinava características como: força e capacidade intelectual. Com a abolição da escravidão e a criação de leis que visam erradicar o racismo, essa prática criminosa diminuiu muito; no entanto, ainda encontra-se presente na sociedade atual. Por conseguinte, as pessoas negras sofrem diariamente com piadas na internet, recebem salários inferiores aos brancos e são excluídas de vários grupos sociais. Logo, percebe-se que há uma necessidade de o Governo, juntamente com a população, realizar medidas preventivas para mudar esse cenário.

Periodicamente a mídia relata casos de pessoas negras que foram atingidas pelo racismo, como o caso do jogador de futebol Daniel Alves. Diante disso, percebe-se que grande parte da população ainda pensa que o fato de possuir uma maior quantidade de melanina na pele determina uma inferioridade, mesmo sendo provado por cientistas que a cor da pele não atribui ao indivíduo uma menor capacidade racional e física. Outrossim, alguns grupos, como os “skinheads”, acham que deve existir uma supremacia branca, e eles usam como justificativa a questão da escravidão no país. Assim, observa-se que essa prática ilegal deve ser erradicada, uma vez que ela gera muitas consequências ruins.

Com a evolução tecnológica e a propagação das redes sociais, o número de piadas racistas aumentou drasticamente, fazendo com que o negro sofra cada vez mais com esses atos. Ademais, dentro das empresas há um grande preconceito com a população afrodescendente, que geralmente ocupa cargos inferiores e recebem menos que os brancos realizando o mesmo tipo de trabalho. Também é importante ressaltar que o racismo começa dentro das escolas, nas quais existem grupos de amigos que excluem uma determinada pessoa simplesmente por ela ser negra. Dessa maneira, fica claro que, se não houver uma melhora significativa, os índices de racismos aumentarão.

Em suma, é evidente que o preconceito com o negro está presente na sociedade brasileira, e isso não pode ser encarado como normal e deve ser erradicado. Para que isso ocorra, é necessário que o Governo Federal fiscalize de forma efetiva os casos de racismos, punindo os infratores e garantindo a segurança das pessoas. Além disso, é preciso que o Ministério da Educação (MEC) melhore o ensino acerca da população africana, para que as pessoas aprendam desde pequenos que não há diferença entre um indivíduo da cor branca e negra. Também é imprescindível a participação da sociedade, que, por meio de mobilizações e manifestações, deve se conscientizar e mudar esse cenário. Immanuel Kant disse que o ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele, e são com esses passos primordiais que o Brasil caminhará a uma nação que respeita todas as pessoas. (Por Paulo Jorge, do Ibahia).

Professor Nicolau Neto durante palestra na Escola Hermano Chaves Franck em novembro de 2017, no Sítio Pedra Branca, em Santana do Cariri. (Foto: Prof. Sandro Cidrão).